No início de junho, o governador de Minas Gerais, Antonio Augusto Anastasia, afirmou que o Mineirão era o estádio mais preparado para abrir a Copa. “Belo Horizonte tem uma força bastante efetiva nessa competição para termos aqui a abertura da Copa do Mundo.” Em entrevista no programa Palavra do Governador, Anastasia reiterou a capacidade de BH para receber a estreia do mundial e os ganhos de Minas Gerais com os investimentos para a Copa.
O governador ressaltou ainda que Minas estava dentro do cronograma e que a primeira grande responsabilidade do estado era a reforma do Mineirão, que, segundo ele, estava perfeitamente dentro do prazo. O governador não contestou ainda, no mês de junho, a final do Mundial no Maracarã, no Rio de Janeiro, pela tradição do estádio, mas defendeu BH como cidade mais preparada para a abertura. De acordo com Anastasia, o Mineirão será, certamente, o mais belo e mais preparado estádio do Brasil. “A infraestrutura está de acordo, esperamos que o aeroporto esteja pronto, temos uma tradição de futebol e de hospitalidade muito grandes em Minas Gerais”, conclui.
BH sem restrições para convênios com governo
Em julho, levantamento divulgado pelo site Contas Abertas, informações do Cadastro Único de Convênios (Cauc), mantido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), revelava que Belo Horizonte era a única cidade-sede da Copa do Mundo de 2014 que não possuia qualquer restrição para celebrar convênios com o governo federal.
Segundo pesquisa, tanto a capital quanto o estado de Minas Gerais estavam em dia com as exigências legais para o estabelecimento de convênios com a União e, portanto, não apresentavam impedimentos na liberação de recursos para as obras do Mundial.
O governo mantém ainda um banco de dados com nomes de pessoas jurídicas de direito público que mantém débitos com o governo federal. O Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). Regulado pela Lei n° 10.522, de 19 de julho de 2002, as informações do Cadin permitem à administração pública federal uniformizar os procedimentos relativos à concessão de crédito, garantias, incentivos fiscais e financeiros, bem como à celebração de convênios, como no Cauc, além de acordos, ajustes ou contratos.
Entre as 12 cidades-sede, nove constam como inadimplentes no Cadin. Rio de Janeiro é a cidade com o maior número de restrições. Segundo o cadastro, entidades como a Infraero, os Correios e o Ministério da Fazenda figuram como credores da capital fluminense.
Com informações Luana Cruz e Alexandre Vaz