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Estado de Minas

Países emergentes apostam alto no mercado da segurança


postado em 20/10/2011 16:14 / atualizado em 20/10/2011 16:26

Os países emergentes já mudaram o equilíbrio de poder na indústria e nas finanças, agora apostam alto no mercado de seguros, que se encontra em plena expansão. China, Índia, Brasil e Rússia, membros do Brics, além dos Emirados Árabes Unidos e Colômbia estão presentes no salão Milipol, evento mundial da indústria e da segurança, que acontece em Paris do dia 18 ao 21 de outubro.

Este setor verá sua demanda mundial aumentar 7,4% por ano até 2014, segundo um estudo da Aprodex, que fez um censo de todas as empresas que operam no ramo.

"Países como Brasil, China, Índia, México, África do Sul e Rússia vão registrar um crescimento de dois dígitos neste período" devido a prosperidade crescente acompanhada da impressão de que as forças oficiais de ordem estão sobrecarregadas e corrompidas, prevê o estudo.

Um bom exemplo de novos investimentos foi o feito pela brasileira Embraer, fabricante de aviões civis e militares, que criou no final de 2010 uma divisão de Defesa e Segurança, e desembarca em Milipol propondo sistemas de comando e controle avançados para a vigilância de fronteiras.

Outra linha de inovação vem da empresa russa Speech Technology Center, fundada em 1990, que se

especializou no reconhecimento de voz. Seu sistema VoiceGrid permite identificar uma pessoa em 5 segundos.

A colombiana Armor International, nascida em 1981 em um país assolado pelas guerrillas e traficantes de drogas, vende para clientes em cinquenta países veículos, helicópteros, barcos e trens blindados. Para o México, cenário de uma guerra contra as drogas, a Armor International propõe um blindado para o transporte de tropas, "ideal em zonas de alto risco".

Estabelecido na zona franca de Dubai, o grupo Streit também trabalha no nicho da blindagem. Fundado por um canadense de origem russa, Streit blinda de 90 a 130 veículos por mês e vende principalmente para a Jordânia, Índia e África. Presente pela primeira vez em Milipol, a empresa chinesa ULIRvision entra no mercado de sensores térmicos dominado pela americana FLIR.

Fundada em 2005, ULIRvision tem apenas 100 empregados, mas já vende para Austrália, Estados Unidos e Europa, principalmente para França, Reino Unido e Alemanha. A chave para o sucesso: "bons produtos com preços mais baixos", afirma Cindy Cui, gerente de vendas internacional.


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