A Grécia enfrenta mais um dia de greve, após o parlamento aprovar ontem novos cortes de gastos para enfrentar a crise. Funcionários públicos municipais e do banco estatal ATEbank continuam parados, enquanto os trabalhadores dos portos anunciaram uma nova greve de 48 horas. A central sindical do setor público Adedy pediu a ocupação contínua de vários escritórios do governo. Entre os grupos parados hoje estão funcionários do Ministério das Finanças.
A discussão das medidas pelo governo gerou semanas de protestos quase diários pela Grécia, culminando com uma greve geral de dois dias nesta semana. Na quarta-feira, mais de 100 mil pessoas foram às ruas de Atenas protestar. Na quinta-feira, violentos confrontos entre manifestantes comunistas e jovens anarquistas deixaram mais de 70 feridos e dezenas foram presos. Um homem morreu. Segundo um funcionário de um hospital, o manifestante de 53 anos tinha um histórico de problemas no coração e morreu após sofrer uma parada cardíaca.
As greves e protestos geram dúvidas sobre se a Grécia será capaz de implementar totalmente as medidas de austeridade. O mais recente relatório de auditores da UE e do FMI destaca alguns problemas na ação grega para cumprir suas reformas.
Um protesto de duas semanas deixou toneladas de lixo pelas ruas de Atenas e outras cidades. O governo contratou empresas privadas para realizar a coleta na semana passada, e evocou poderes constitucionais para ordenar que os lixeiros voltassem ao trabalho.