A Europa está perto de fechar um plano que poderá levantar cerca de US$ 139 bilhões em capital, afirmam três pessoas próximas às negociações que estão sendo realizadas neste domingo durante a cúpula dos ministros das Finanças da União Europeia.
O plano de recapitalização dos bancos é a parte mais fácil do programa de três pontos que os 17 países da zona do euro estão esperando aprovar durante os encontros que começaram hoje e irão se estender pelo menos até quarta-feira. Existem vários conflitos nas duas outras medidas que envolvem impulsionar o fundo de ajuda de 440 bilhões de euros para o bloco e lidar com a crescente dívida pública da Grécia através de uma complexa reestruturação.
Os ministros das Finanças da UE discutiram o plano da recapitalização durante uma sessão de dez horas no sábado. O ministro das Finanças da Suécia, Anders Borg, disse que eles concordaram nas fundações de um plano. Mas ainda há detalhes a serem acertados como a meta de capital bancário, que seria em torno de 9%, e também sobre quando será o desconto aplicado aos títulos de países da zona do euro.
As três medidas - Grécia, fundo de ajuda e recapitalização dos bancos - estão fortemente vinculados. O tamanho da recapitalização depende em parte de quanto será o "haircut" que os governos irão pedir para os credores privados da Grécia. E quando maior o haircut, maiores serão as perdas que os bancos europeus irão sofrer. E a habilidade dos governos de reduzir as perdas nos resultados dos bancos dependerá da força do fundo de ajuda, chamado de Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês).