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Estado de Minas

Recursos da poupança para habitação estão garantidos para os próximos dez anos, diz Hereda


postado em 24/10/2011 17:36 / atualizado em 24/10/2011 17:44

Os recursos da caderneta de poupança para o mercado imobiliário estão garantidos para os próximos dez anos, disse nesta segunda-feira o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, ao participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo. Segundo ele, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) consegue deslocar para o mercado imobiliário cerca de R$ 30 bilhões por ano e, por isso, não haverá escassez de recursos para o financiamento nos próximos anos.

“A Caixa está equacionada até 2013, não tem problema de recursos. Nesse período está havendo uma discussão com relação aos recursos da poupança, porque no FGTS, que financia o Programa Minha Casa, Minha Vida, tem R$ 125 bilhões para os próximos quatro anos. Então tem recursos para o Minha Casa, Minha Vida na faixa até dez salários mínimos, com mais de 2 milhões de casas para serem contratadas”.

Hereda ressaltou que o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) terá que passar por uma transição, que deve ocorrer até os juros ficarem mais baixos no país,

para que assim se possa securitizar os créditos existentes, gerando mais recursos para os investimentos. “Quando os recursos estiverem em 7%, não se precisará mais dizer de onde vem, porque será possível aplicar recursos das tesourarias dos bancos como é em todo o mundo”.

De acordo com o presidente da Caixa, o círculo virtuoso do crédito imobiliário no Brasil ainda tem muito a caminhar. “Temos um pouco mais de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) para o crédito imobiliário, e se imaginarmos que o Chile tem 12% e o México no mesmo patamar, aqui no Brasil ainda temos um caminho longo a percorrer. A discussão é se vamos ter um crescimento de 50% ou 60% ou um pouco menor”. Para ele, o crescimento do crédito imobiliário no Brasil será um pouco menor, porém sustentado.

Hereda disse que até o momento o financiamento imobiliário da Caixa passa de R$ 60 bilhões e a expectativa é a de fechar o ano em R$ 90 bilhões. “Nesses três últimos meses do ano a contratação acelera. Está entrando agora a contratação para a faixa de zero a três salários mínimos para o Minha Casa, Minha Vida e queremos passar dos R$ 76 bilhões do ano passado”.


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