O número de famílias com dívidas diminuiu no mês de outubro pelo quinto mês consecutivo, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A porcentagem de famílias endividadas, no entanto, permanece acima do patamar observado em 2010.
Na pesquisa, são consideradas dívidas as contas a pagar em cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros. O porcentual de famílias que relataram possuir dívidas passou de 61,6% em setembro para 61,2% em outubro de 2011. Em outubro do ano passado, 58,6% das famílias disseram estar endividadas.
A queda do nível de endividamento no mês ocorreu no grupo de famílias com renda superior a 10 salários mínimos, entre as quais 50,5% declararam possuir dívidas em outubro de 2011, contra um resultado maior em setembro, de 55,1%. Já entre as famílias com renda inferior a 10 salários mínimos houve aumento no número de endividados, interrompendo uma sequência de três meses de queda. A fatia que declarou possuir dívidas passou de 62,7% em setembro para 62,9% em outubro.
Ainda assim, o indicador continua em nível superior ao observado em outubro de 2010 para ambas as faixas de renda. Em outubro do ano passado, o porcentual de famílias endividadas na faixa de menor renda era de 60,9%, e de 44,2% na faixa de maior renda.
Mas o número de famílias com contas ou dívidas em atraso recuou nos dois grupos. Na faixa de renda superior 10 salários mínimos, a fatia com dívidas em atraso caiu de 17,3% em setembro para 9 8% em outubro, embora permaneça acima do registrado em outubro de 2010 (8,8%). Já na faixa de renda inferior a 10 salários mínimos, o montante de famílias com contas atrasadas recuou de 25,4% para 23,2% no mesmo período. O resultado também é menor do que o registrado em outubro de 2010, quando 25,7% das famílias declararam possuir atrasos nos pagamentos.