A chanceler alemã, Angela Merkel, rejeita que os Estados imponham uma linha de atuação ao Banco Central Europeu (BCE), revelando um novo foco de tensão com seus sócios na véspera de uma cúpula europeia crucial.
"Negociamos para ter uma posição do BCE, que diga o que quer fazer" para ajudar os países da Eurozona em crise, declarou a chanceler. "Não se deve deixar surgir a falsa impressão de que os políticos esperam algo do BCE", disse.
Na situação atual, o projeto de comunicado final da cúpula de chefes de Estado e de
"Apoiamos totalmente o BCE em sua ação para assegurar a estabilidade dos preços na Zona Euro, incluindo as medidas excepcionais na situação atual do mercado, fora do comum", diz o documento. "A Alemanha não aceita esta frase como consta no comunicado", declarou a chanceler, que falou durante a visita de sua homóloga de Bangladesh, xeque Hasina Wajed, a Berlim.
A Alemanha, mais do que nenhum outro país europeu, apoia a independência do BCE e quer evitar a qualquer preço a impressão de que a instituição obedece às ordens dos governos europeus.