O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse nesta terça-feira que a estatal não fez um novo pedido ao governo para elevar o preço dos combustíveis mediante uma eventual redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), um dos impostos cobrados sobre a comercialização dos derivados de petróleo. Com essa medida, mesmo com o reajuste dos preços nas refinarias, garantiria à empresa um aumento de caixa e poderia evitar a alta no valor final do combustível para o consumidor.
“O preço do petróleo e o câmbio [elementos que balizam os valores dos combustíveis] estão voláteis. O pedido que existe é de um ano atrás. Neste momento, a Petrobras não tem nenhum estudo para por na mão do governo para discutir. Não existe isso”, afirmou ao participar, no Rio de Janeiro, de um evento sobre biocombustíveis.
Costa disse que todas as cargas do derivado para 2011 já estão compradas e explicou que o aumento na importação pode ser atribuído à combinação da alta do preço do álcool, que estimula a escolha dos motoristas por gasolina com o aquecimento da demanda por combustíveis no mercado nacional.
Para 2012, o diretor informou que a expectativa é de elevação na capacidade de produção de derivados já que há previsão de que sejam feitas menos paradas para manutenção nas refinarias.