A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta quarta-feira que não são mais aplicáveis as decisões adotadas pelos líderes europeus em 21 de julho, quando foi anunciada a expansão da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) e o segundo pacote de resgate para a Grécia. Em discurso na Câmara Baixa do Parlamento, ela acrescentou que vai pressionar para que decisões sustentáveis sejam tomadas hoje, na reunião de cúpula da União Europeia, em Bruxelas.
Merkel disse que é preciso garantir que a crise da dívida na região não contagie outros países. Ela comentou ainda que a Alemanha não pode prosperar se a Europa não prosperar, mas afirmou que as garantias do país para a EFSF não vão ser elevadas. Comentando sobre as possíveis formas de alavancar o fundo de resgate da zona do euro, a chanceler disse que nenhum modelo que envolva a participação do Banco Central Europeu (BCE) está em discussão.
A chanceler também afirmou que a Alemanha vai fazer todo o possível para a implementação de um imposto sobre transações financeiras na Europa e cobrou uma regulamentação global de todas as instituições financeiras.
Sobre a situação da Grécia, Merkel afirmou que é preciso criar condições para que a economia do país volte a crescer e que uma supervisão permanente das reformas implementadas pelo governo grego seria desejável. "Os gregos estão carregando uma carga pesada e merecem o nosso respeito", comentou.