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Estado de Minas

Merkel refuta decisões anteriores sobre crise na Europa

Merkel disse que é preciso garantir que a crise da dívida na região não contagie outros países


postado em 26/10/2011 09:59 / atualizado em 26/10/2011 10:05

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta quarta-feira que não são mais aplicáveis as decisões adotadas pelos líderes europeus em 21 de julho, quando foi anunciada a expansão da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) e o segundo pacote de resgate para a Grécia. Em discurso na Câmara Baixa do Parlamento, ela acrescentou que vai pressionar para que decisões sustentáveis sejam tomadas hoje, na reunião de cúpula da União Europeia, em Bruxelas.

Merkel disse que é preciso garantir que a crise da dívida na região não contagie outros países. Ela comentou ainda que a Alemanha não pode prosperar se a Europa não prosperar, mas afirmou que as garantias do país para a EFSF não vão ser elevadas. Comentando sobre as possíveis formas de alavancar o fundo de resgate da zona do euro, a chanceler disse que nenhum modelo que envolva a participação do Banco Central Europeu (BCE) está em discussão.

Ressaltando a urgência da situação, Merkel disse que é preciso reparar as falhas da união monetária agora ou nunca, pois os atuais problemas exigem mudanças nos tratados europeus. "Por que as mudanças no tratado (da UE) sempre devem levar uma década?", questionou. "Nós estamos enfrentando o teste mais difícil da união monetária. Se o euro fracassar, a Europa vai fracassar", comentou, acrescentando que aqueles países que descumprem as regras do bloco devem receber punições.

A chanceler também afirmou que a Alemanha vai fazer todo o possível para a implementação de um imposto sobre transações financeiras na Europa e cobrou uma regulamentação global de todas as instituições financeiras.

Sobre a situação da Grécia, Merkel afirmou que é preciso criar condições para que a economia do país volte a crescer e que uma supervisão permanente das reformas implementadas pelo governo grego seria desejável. "Os gregos estão carregando uma carga pesada e merecem o nosso respeito", comentou.


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