O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou um superávit primário de R$ 5,375 bilhões em setembro. O superávit primário é a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida pública. O Tesouro Nacional contribuiu com resultado positivo no mês de R$ 14,794 bilhões, enquanto a Previdência registrou déficit de R$ 9,350 bilhões. O BC também teve um resultado negativo de R$ 68,2 milhões.
O pagamento de dividendos de empresas estatais para a União fez toda a diferença no superávit primário do governo central, registrado no mês de setembro, de R$ 5,375 bilhões. A União recebeu de dividendos, em setembro, R$ 4,589 bilhões, o que ajudou no resultado primário. Em agosto, o pagamento de dividendos foi bem menor, R$ 932 milhões. De agosto para setembro, houve incremento de R$ 3,657 bilhões.
Despesas
As despesas do governo central cresceram 0,8% de janeiro a setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Os gastos com pessoal subiram 9,8% enquanto que os gastos com custeio aumentaram 10% no período. Os investimentos, por outro lado, registram uma queda de 2,7% nos nove primeiros meses do ano.
Já as receitas do governo central apresentaram uma alta de 6,9% de janeiro a setembro deste ano ante igual período de 2010. As transferências para Estados e municípios aumentaram 23,2%.
Os dados de crescimento das despesas e receitas estão distorcidos por conta da operação de capitalização da Petrobras. Pelo lado da receita, os valores da cessão onerosa da exploração de petróleo da camada de pré-sal e, pelo lado das despesas, a operação de capitalização da estatal.