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Estado de Minas

Mantega pede rapidez na aprovação de acordo para salvar Europa da crise


postado em 27/10/2011 18:26 / atualizado em 27/10/2011 18:27

O acordo para a solução da dívida pública nos países da Europa só será viável se as medidas forem implementadas a tempo de impedir que a crise econômica no continente contamine o resto do mundo, disse nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele pediu agilidade para que os parlamentos dos países da zona do euro aprovem o acordo o mais rápido possível.

“O que me preocupa é o tempo. Será que os países terão tempo para implementar as medidas sem que haja deterioração do cenário internacional”, declarou Mantega depois de assinatura de acordo com dez governadores no Palácio do Planalto. “Várias medidas estão anunciadas para janeiro do próximo ano. Não sei se haverá tanto tempo até lá.”

A aceitação pelos bancos privados da diminuição de 50% da dívida pública da Grécia, acrescentou o ministro, representa outro ponto de preocupação para a superação da

crise econômica europeia. “Ainda não está claro se os bancos privados vão aceitar a proposta [de abrir mão de metade da dívida do governo grego], porque a redução é voluntária”, comentou o ministro.

Embora tenha ressaltado que a maioria dos pontos do acordo ainda precisará ser definida antes da reunião do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), no início de novembro na França, o ministro elogiou os mecanismos propostos. Para Mantega, o programa de US$ 7 bilhões e 130 bilhões de euros é uma boa iniciativa, assim como o reforço do fundo de estabilização com garantias que podem alavancar [multiplicar] os recursos em até cinco vezes e fazer o valor chegar a 1 trilhão de euros.

O ministro também considerou positivas as medidas para melhorar a administração e a transparência das instituições financeiras europeias. Ele também elogiou o reforço das ferramentas que permitirão ao Banco Central Europeu controlar de forma melhor a inflação. “O Banco Central Europeu passará a atuar de forma plena para controlar a inflação. O continente ganhou um raio de manobra maior para enfrentar dificuldades.”


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