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Estado de Minas

Desemprego em alta e inflação estável a três semanas das eleições na Espanha


postado em 28/10/2011 18:35 / atualizado em 28/10/2011 18:39

A Espanha anunciou nesta sexta-feira dados importantes sobre sua economia, que podem comprometer os resultados das eleições parlamentares, a serem realizadas em três semanas: a inflação permaneceu estável em outubro, a 3%, e o índice de desemprego voltou a subir no terceiro trimestre, a 21,52%.

A inflação foi de 3%, mesmo resultado de setembro, quando o índice registrou alta na comparação com os 2,7% de agosto, segundo dados provisórios do Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

No mercado de trabalho, o índice de desemprego de 21,52% é um recorde entre os países desenvolvidos e o nível mais elevado desde 1996. No fim de setembro, o número de pessoas sem trabalho na Espanha era de 4,978 milhões, contra 4,83 milhões no fim de junho (20,89%), segundo o INE.

A Espanha conserva portanto o triste recorde de desemprego nos países industrializados. Parece quase impossível que o governo alcance sua meta de desemprego de 19,8% para o fim do ano. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê 20,7% da população ativa desempregada.

Para os socialistas no poder "trata-se de uma péssima notícia", diz Juan Carlos Martínez Lázaro, economista do IE Business School de Madri. "Antes do verão, esperava-se que os dados de desemprego seriam bons e que ajudariam o governo atual nas eleições", disse.

Este trimestre costuma apresentar bons índices de emprego já que inclui a temporada turística, que este ano foi muito boa. Ao final, as eleições foram adiantadas para 20 de novembro, mas as cifras foram não saíram conforme o esperado, "o que confirma a deterioração da economia espanhola", diz o economista.

"Quando o número de empregos cai no terceiro trimestre, isso quer dizer que a situação é muito grave, e as perspectivas para o final do ano são ainda piores, porque o último trimestre é geralmente pior que terceiro", disse Sandalio Gomez, do IESE Business School.

A batalha pelo emprego está no coração da campanha para estas eleições, enquanto que o desemprego recorde, assim como as medidas de austeridade frente à crise, valeram aos socialistas uma queda nas pesquisas de opinião


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