Tailândia, Bolívia e Rússia continuaram a aumentar suas posições em ouro no mês de setembro, refletindo uma sustentação de demanda das economias em desenvolvimento em busca da diversificação fora das reservas tradicionais em moeda e mantendo o setor oficial entre os principais compradores de ouro no ano.
De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Tailândia aumentou suas compras pelo segundo mês em setembro, em 500 mil onças-troy, para 4,9 milhões de onças-troy. Em janeiro, as reservas oficiais de ouro da Tailândia estavam em 3,2 milhões de onças-troy. A Bolívia adicionou 225 mil onças-troy às suas reservas - elevando-as para 1,586 milhões de onças-troy ante 1 361 milhão de onças-troy em agosto.
O Banco Central da Rússia, comprador regular do seu próprio mercado doméstico, também continuou seu programa de acúmulo de ouro, elevando suas reservas para 27,378 milhões de onças-troy no mês passado, ante 27,161 milhões de onças-troy em agosto e 25 374 milhões de onças-troy em janeiro. Casaquistão, Tajiquistão, Grécia e Ucrânia também compraram o metal precioso para aumentar suas reservas no mês de setembro.
O México é o único país que reportou uma queda de reservas em setembro, baixando-as pelo quinto mês consecutivo após aumentá-las significativamente no início de 2011. O BC mexicano reduziu no mês passado suas reservas de 3,392 milhões para 3,388 milhões de onças-troy.
Recentemente, os bancos centrais dos mercados emergentes compraram ouro em reação à crise da dívida soberana, que afetou o dólar e o euro, avaliam analistas. A demanda também aumentou fortemente nos últimos trimestres enquanto alguns buscam diversificar as reservas em moeda estrangeira, que cresceram juntamente com os setores exportadores dos mercados emergentes.
No início do mês, a consultoria de metais GFMS projetou que os bancos centrais comprariam cerca de 500 toneladas, ou 16 milhões de onças-troy, de ouro neste ano como maneira de diversificar o portfólio em relação ao dólar.
A crise da dívida na Grécia e outros países europeus como Portugal levou a uma especulação sobre se os países endividados poderiam liquidar suas reservas de ouro para conseguir dinheiro.