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Estado de Minas

Diretor da EFSF visita o Japão atrás de recursos


postado em 30/10/2011 17:53

O diretor da Linha Europeia de Estabilidade Financeira (EFSF), Klaus Regling, irá ao Japão, após a China ter se mostrado cautelosa em comprar bônus europeus até que os líderes da Europa forneçam mais detalhes sobre seu plano para salvar a zona do euro. O Japão sempre se mostrou receptivo à compra dos bônus europeus e o ministro das Finanças japonês, Jun Azumi, disse na semana passada que seu país está pronto para comprar mais.

Na quinta-feira, líderes europeus chegaram a um acordo para reduzir a dívida da Grécia em 50% e expandir o poder de fogo da EFSF em quatro ou cinco vezes, o que faria com que a EFSF provesse garantias para uma soma ao redor de 1 trilhão de euro (US$ 1,4 trilhão). Os líderes da União Europeia (UE) querem que essa soma, em parte, seja fornecida com dinheiro dos países que possuem muita reserva estrangeira em caixa, como a China e o Japão. "Uma Europa estável é algo do interesse do nosso país. A partir deste ponto de vista, tomaremos as medidas necessárias de um modo oportuno", disse Azumi, quando questionado em sessão parlamentar no Japão sobre uma possível contribuição japonesa ao resgate europeu. Mas ele não deu detalhes sobre o que e nem quanto essa contribuição japonesa envolveria, informou o Wall Street Journal.

O Japão já comprou 20% dos bônus emitidos pela EFSF nas linhas já existentes. Regling disse que a China é uma compradora regular dos bônus, mas não disse quanto. Outros países asiáticos com exceção do Japão, compraram outros 20% dos bônus da ESFS, criada em maio do ano passado para combater a crise da dívida soberana europeia.

Regling não quis comentar neste domingo detalhes das suas reuniões em Pequim com funcionários do Ministério das Finanças da China ou do Banco do Povo da China, o banco central chinês. Ele disse apenas que as reuniões foram "produtivas" e "simpáticas".

Um comentário publicado neste domingo na agência estatal de notícias Xinhua alertou que embora a China tenha expressado boa vontade em cooperar em uma parceria "benéfica a todos", os europeus devem se preparar para fazer concessões. "E importante que no encontro europeu (do G-20, que começa em Cannes na quinta-feira), os líderes da Europa levem em conta as vozes das economias emergentes, cuja notável contribuição à recuperação da economia mundial merece melhor compreensão e tratamento recíproco".


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