Importantes dirigentes de bancos italianos criticaram nesta segunda-feira o acordo europeu para a recapitalização do setor bancário. Segundo eles, o acordo penaliza particularmente os bancos de seu país.
O diretor-geral da UniCredit, o maior banco da Itália, Federico Ghizzoni, considera "incompreensível" a decisão de solicitar capital adicional para recapitalizar os bancos mais frágeis que sofreram perdas.
Para o presidente do conselho de vigilância do banco Intesa Sanpaolo, Giovanni Bazoli, trata-se de uma medida "preocupante" porque "aumenta o risco de redução do crédito". Para Giuseppe Guzzetti, presidente da Associação de Fundações Bancárias (ACRI), a medida é dirigida "a salvar os interesses franceses e penalizar os italianos", devido "ao método" para valorizar os títulos do Estado nos balanços dos bancos.
Segundo a Autoridade Europeia de Bancos (EBA), os bancos italianos precisam de 14,770 bilhões de euros em capitais para alcançar as metas fixadas pela União Europeia (UE).