O primeiro-ministro grego, o socialista Georges Papandreou, que enfrenta uma crise cada vez maior dentro de seu partido, o PASOK, a respeito da polêmica proposta de referendo sobre o plano de ajuda europeu, negou nesta quinta-feira que cogite renunciar ao cargo. Papandreou fez a afirmação durante uma reunião de gabinete convocada em caráter de emergência na véspera de um voto de confiança crucial para sua sobrevivência à frente do governo.
Muitos deputados socialistas e alguns ministros manifestaram oposição ao projeto de referendo. Alguns pediram um governo de união nacional para garantir a aplicação de um plano europeu acordado na semana passada em Bruxelas, que prevê eliminar 50% da dívida grega em mãos privadas em troca da continuidade das medidas de austeridade.
O líder da oposição conservadora grega, Antonis Samaras, propôs nesta quinta-feira um governo de transição para aprovar o plano europeu e convocar eleições.