O ministro de Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, disse nesta quinta-feira, que o país vai informar aos seus parceiros da União Europeia que planeja cancelar a realização de um referendo sobre a aceitação do segundo pacote internacional de resgate.
O primeiro-ministro do país, George Papandreou, havia dito que iria desistir do referendo se novas negociações com a oposição garantirem apoio às duras medidas de austeridade que o país terá de adotar sob o plano de ajuda. Papandreou disse que discutirá com o líder da oposição para decidir os próximos passos e alertou que antecipar as eleições significaria o colapso do Grécia.
Mais cedo, o líder da legenda oposicionista Nova Democracia, Antonis Samaras, expressou apoio ao segundo pacote de ajuda para a Grécia, dizendo que o plano é inevitável, e pediu que Papandreou renuncie e dê lugar a um governo de transição, que prepararia novas eleições.
O primeiro-ministro grego começou a recuar de sua posição anterior e disse que o referendo nunca teve fim em si mesmo e que também ficará feliz com a não realização da consulta.
"Nós nunca faríamos um referendo sobre a saída da zona do euro", disse Papandreou. Reunidos ontem em Cannes, na França, antes do início da reunião do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), líderes europeus mostraram que chegaram ao limite da paciência com a Grécia e pediram que o país decida se quer ou não continuar na zona do euro.
Os líderes também deixaram claro que a próxima parcela de ajuda ao país, de 8 bilhões de euros, só será liberada após o governo grego ratificar o acordo da semana passada.
Com agências internacionais