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Estado de Minas

Vilões do IPC em outubro manterão pressão neste mês


postado em 04/11/2011 09:16

As fontes de maior pressão de alta sobre o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) devem manter-se nos grupos Habitação, Alimentação e Despesas Pessoais - os mesmos a puxarem a alta do índice em outubro - ao longo do mês de novembro. Adicionalmente, os preços de Vestuário, que tiveram deflação no mês passado, devem retornar ao campo positivo. De acordo com as expectativas divulgadas pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a inflação na capital paulista deve acelerar de 0,39% para 0,48% entre outubro e novembro.

Com alta de 0,66% em outubro, o grupo Habitação deve manter-se acima de 0,60% até a segunda quadrissemana de novembro, pressionado tanto pelo reajuste de preços nas tarifas da Sabesp que influencia Água e Esgoto quanto por aumentos em outro itens, como condomínios. Para o fechamento de novembro, este grupo, na avaliação da Fipe, deve desacelerar para 0,45%.

Já para o grupo Despesas Pessoais, que avançou 0,80% em outubro, a tendência é de escalada nas próximas quadrissemanas, com previsão de 0,85% para o final do mês. Devem continuar içando o grupo os preços de passagens aéreas, que avançaram 8,82% em outubro. "Não há perspectiva de alívio para este item. É um setor que está bastante concentrado. Só com a abertura de novas rotas poderia haver mais competição", avaliou o coordenador-adjunto do índice, Rafael Costa Lima.

Para Alimentação, com alta de 0,53% em outubro, a perspectiva é de alta gradativa nas leituras subsequentes, encerrando novembro em +0,78%, em razão da sazonalidade. "Tradicionalmente, esta é uma época em que alimentação sobe mais", destacou o coordenador-adjunto.

Também em razão da sazonalidade, o grupo Vestuário, que caiu 0 72% em outubro, deve migrar para o terreno de altas já na primeira leitura deste mês. "É um período em que o consumo aumenta e há a entrada da coleção de verão", disse Costa Lima sobre Vestuário, que, na sua previsão, deve fechar novembro com alta de 0,50%.

Em movimento contrário, Saúde deve desacelerar um pouco, de 0 30% em outubro para 0,26% nas próximas quadrissemanas. "É um mês de pouca concentração de aniversário de contratos. Além disso, esse grupo já subiu muito este ano", lembrou o economista. Em 2011 até outubro, Saúde tem variação acumulada de 6,55% ante 4 54% do IPC geral.


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