O presidente mexicano, Felipe Calderón, que assumiu nesta sexta-feira a presidência do G20, defendeu a intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) em países europeus "com problemas de credibilidade" para criar "uma muralha de contenção" que impeça a propagação da crise grega.
Calderón recordou que seu país solicitou ao FMI direitos especiais de giro de 72 bilhões de dólares após o início da crise em 2008, uma decisão que "permitiu mitigar qualquer dúvida sobre a solidez das finanças mexicanas" e alertou aos países europeus "com problemas de credibilidade" a seguir esse exemplo.
"Se o Banco Central Europeu (BCE) pasar a atuar como financiador de última instancia (...), isso resolveria o problema de países com problemas de credibilidade, mas não o problema de países com problemas de solvência" como a Grécia, disse.
Contudo, por razões de lei, de constituição ou de política pura e simples, o BCE não pode ser financiador de última instância. Já o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) ou outras instâncias internacionais como o FMI podem contribuir através de direitos especiais de giro (...) e colocar recursos que podem ser multiplicados através de diferentes mecanismos financeiros para formar uma muralha de contenção", explicou.