O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia supervisionarão a aplicação das reformas fiscais na Itália para evitar o contágio da crise da dívida grega a este peso pesado da Eurozona, disseram nesta sexta-feira autoridades italianas e europeias na reunião do G20 de Cannes.
"A Itália decidiu por conta própria pedir ao FMI para que vigie o cumprimento dessas medidas", declarou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durao Barroso.
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, confirmou que a Itália pediu ao FMI para que supervisione as reformas de seu país, mas rejeitou a oferta de ajuda financeira dessa instituição.
Anteriormente, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, já havia indicado que governo da Itália pediu ao FMI que vigiasse a aplicação de suas reformas fiscais.
Nos primeiros rumores neste sentido, uma fonte governamental italiana havia declarado que a Itália não aceitaria essa vigilância formal por parte do FMI quanto a seus compromissos de rigor orçamentário, mas enfatizou que o país estava disposto a pedir conselhos à instituição de Washington.
O presidente mexicano, Felipe Calderón, que assumiu nesta sexta-feira a presidência do G20, defendeu a intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) em países europeus "com problemas de credibilidade" para criar "uma muralha de contenção" que impeça a propagação da crise grega.