O Partido Socialista (Pasok), do primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, e a oposição conservadora estão enfrentando dificuldades nas negociações para a formação de um governo de união. Segundo fontes, o Nova Democracia, liderado por Antonis Samaras, não quer indicar nenhum de seus membros para ministérios importantes.
A oposição teme que indicar representantes para o gabinete de governo, que terá de implementar duras medidas de austeridade, pode prejudicar sua imagem. Segundo pesquisas de opinião, o Nova Democracia lidera a corrida para as eleições que devem ser realizadas em fevereiro.
O economista Lucas Papademos, ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), é um dos nomes mais cotados para liderar o novo governo interino. Segundo as fontes ouvidas pela Dow Jones, ele já foi contatado por Papandreou, mas recusa-se a se comprometer até que se chegue a um acordo sobre o gabinete. Papademos também tem exigido garantias de que conseguirá avançar com as reformas exigidas pelos credores internacionais da Grécia sem a interferência do Pasok e do Nova Democracia.
Ontem, Papandreou concordou em renunciar para permitir a formação de um governo de união. O anúncio oficial da saída do primeiro-ministro e da nova coalizão era esperado para hoje, mas agora perece em xeque. Pelo menos um alto integrante do Pasok já sugeriu que o novo gabinete pode ser formado somente amanhã.