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Estado de Minas

Usinas nucleares de Angra vão receber R$ 300 milhões para prevenção e segurança


postado em 07/11/2011 16:28

A Eletronuclear, empresa responsável pela operação e construção de usinas termonucleares no país, deve aprovar nesta quarta-feira investimentos de cerca de R$ 300 milhões até 2015 para ações de prevenção e segurança nas usinas Angra 1 e Angra 2, localizadas no litoral sul do estado do Rio. O anúncio foi feito hoje, durante um encontro promovido pela estatal, no Rio de Janeiro, para jornalistas especializados, sobre as perspectivas para a energia nuclear após o desastre na Usina Nuclear de Fukushima, no Japão, atingida por um terremoto seguido por tsunami.

O Plano de Resposta a Fukushima, coordenado pelo Comitê de Acompanhamento e Avaliação de Acidentes da companhia, atende a uma determinação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem) de reavaliação das condições de segurança das usinas nucleares fluminenses.

Os investimentos serão voltados para cerca de 50 ações, que incluem o estudo de estabilidade de encostas, avaliação das margens de segurança do projeto sísmico, estudos de alternativas de resfriamento dos reatores por fontes de energia alternativas, entre outras.


O representante da Eletronuclear, engenheiro Paulo Carneiro, explicou que um terço dos gastos será com estudos sobre catástrofes naturais e possíveis intervenções. O restante será destinado à compra de equipamentos e melhoria de sistemas. Ele explicou que, a partir do segundo semestre de 2012, serão comprados equipamentos móveis para gerar energia às usinas. “Os novos equipamentos móveis, como motobombas e geradores diesel, devem custar entre R$ 5 milhões e R$10 milhões”.

Ainda de acordo com o representante da Eletronuclear, o plano vislumbra também a instalação de uma pequena central hidrelética (PCH) no Rio Mambucaba, na divisa entre Angra dos Reis e Paraty, que deve custar cerca de R$ 300 milhões. “A PCH teria capacidade de cerca 60 megawatts e um reservatório para servir como fonte de água adicional como alternativa de resfriamento dos reatores. Sua viabilização depende de licenças ambientais, outorgas do uso da água. Então, não queremos centrar nossas soluções na hidrelétrica”.

O ex-presidente da Comissão Atômica do Japão Yoichi Fujii-e foi um dos palestrantes do evento. Ele analisou as consequências das explosões dos reatores de Fukushima para a população japonesa. Segundo ele, o acidente prova que as usinas termonucleares são fontes seguras de energia, já que não houve mortes ou vítimas por contaminação radiotiva, apesar do tsunami e do terremoto de grandes proporções.


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