A situação na Itália é "muito preocupante", disse nesta terça-feira à imprensa o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, ao finalizar uma reunião de ministros de Finanças da União Europeia.
"A situação é muito preocupante", disse Rehn. "A Itália tem registrado vários movimentos e não sabemos quais serão seus desfechos", disse. Segundo Rehn, a Europa está seguindo a situação atentamente.
Nesta terça-feira, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, ganhou a votação-teste na Câmara de Deputados, com uma abstenção da oposição, mas perdeu a maioria absoluta, um revés que pode ser fatal.
O orçamento de 2010 do Estado italiano foi adotado por 308 votos, bem abaixo do limite
Esta constatação imediatamente serviu para um pedido par que Berlusconi renuncie ao cargo. "Temos um problema de credibilidade com este governo. Este governo não é capaz de gerenciar a situação e enfrentá-la. Este déficit de credibilidade é fundado nos números", declarou Bersani.
Antes da votação, o principal aliado de Silvio Berlusconi pediu que ele renunciasse ao cargo. "Pedimos que ele afastasse", afirmou o chefe da Liga Norte, Humberto Bossi, sócio de Berlusconi na coalizão de centro-direita no poder.
Umberto Bossi também afirmou que seu partido vai apoiar para a chefia de um novo governo Angelino Alfano, o herdeiro político de Silvio Berlusconi. Alfano, ex-ministro da Justiça do Governo de Silvio Berlusconi, é atualmente secretário-geral do PDL (Povo da Liberdade - partido de Berlusconi), e seu nome poderia receber um apoio relativamente grande para liderar um governo de transição no qual entraria a oposição centrista.