O segmento de acesso para pequenas e médias empresas da BM&FBovespa, o Bovespa Mais, deve contar com "algumas empresas" em 2012, disse Edemir Pinto, diretor-presidente da bolsa brasileira, em teleconferência com jornalistas, sem, no entanto, precisar um número.
Este ano, apenas a Desenvix Energias Renováveis ingressou no Bovespa Mais. Para Edemir, a entrada da empresa inaugura uma forma diferente de vir a mercado. Isso porque, segundo ele, o segmento é uma alternativa não só para as organizações abrirem capital, mas também para se listarem. "É um benefício importante para as empresas que querem negociar com fundos de private equity, pois o nível de governança e transparência é equiparável ao segmento do Novo Mercado", analisou. "Os fundos gostam de transparência". Na visão de Edemir, estar no Bovespa Mais facilita a negociação de uma eventual saída do fundo de private equity ou a negociação da ação da empresa.
Em novembro de 2009, o governo anunciou a taxação, com IOF de 2% para investidores estrangeiros em renda variável. Na avaliação de Edemir, naquele momento a Bolsa estava em 70 mil pontos. Agora, está em 50 mil e com cerca de 45 empresas esperando para abrir o capital. Por isso, essa alíquota não faz mais sentido.
Edemir avalia, no entanto, que a alta volatilidade do mercado, por conta da crise na Europa, diluiu o impacto da cobrança do IOF nos derivativos de câmbio. "Como a volatilidade tem sido espetacular, o IOF fica em segundo plano, porque o investidor precisa se defender dela", destacou o executivo, .
Por conta dessa volatilidade alta, Edemir destaca que a BM&FBovespa registrou até uma alta inesperada no volume com derivativos no terceiro trimestre. Por conta do IOF sobre essas operações, a bolsa não esperava essa expansão para o período.