O dólar era negociado em alta de 0,69%, a R$ 1,754 às 10h26. Ontem, a moeda norte-americana oscilou em meio aos rumos da crise política na Itália e fechou em queda de 0,51%, a R$ 1,742.
Se ontem os mercados encontraram alívio na perspectiva de que o premiê italiano, Silvio Berlusconi, renunciaria, hoje, depois de confirmada a saída, os mercados retomaram a sangria da Itália e já buscaram novo recorde para as taxas de juros dos títulos soberanos do país, que ultrapassaram 7% ao ano. Esse é o nível que levou outras economias europeias a pedir socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e, assim, o estresse se autoalimenta no velho continente.
Por aqui, a agenda econômica do dia é fraca e a perspectiva é de que nada suplantará os acontecimentos externos na definição de negócios. Afinal, eventuais medidas para tentar proteger o País da deterioração internacional já foram tomadas e, agora, resta observar. Enquanto isso, ninguém faz grandes apostas no câmbio. Os investidores estrangeiros, por exemplo, continuam comedidos nas suas posições em derivativos. Ontem, encerraram o pregão vendidos em US$ 2,985 bilhões, ante US$ 2,606 na véspera.
A única possibilidade de maiores oscilações, por motivos domésticos, é a de um resultado inesperado no fluxo cambial. Mas isso é pouco provável, na avaliação dos operadores.