O aumento de 16,5% nas vendas de móveis e eletrodomésticos em setembro ante o mesmo mês de 2010 puxou o desempenho positivo do comércio varejista e do comércio varejista ampliado em setembro. A participação do setor foi de 53,3% na formação da taxa do varejo restrito e de 34,7% na taxa global do varejo ampliado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em termos acumulados, o segmento de móveis e eletrodomésticos teve expansão de 17,9% tanto nos nove primeiros meses do ano quanto nos últimos 12 meses. Segundo o IBGE, o resultado é reflexo da manutenção do crédito em patamar elevado; da redução de preços dos eletroeletrônicos e da trajetória positiva da massa de rendimentos da população ocupada.
"Tem a hipótese de que as camadas das classes E e D, que foram para a classe C, tinham uma demanda reprimida e agora passaram a realizá-la. Eles compram produtos de valor não tão alto como automóvel, mas sim como geladeira, máquina de lavar, produtos que essa classe está tendo acesso agora, até mesmo no sentido de atualizar os seus equipamentos do lar. Se ele (consumidor) tinha um aparelho que não estava funcionando corretamente ou estava antiquado, ele passou a comprar equipamentos modernos", explicou Macedo.