A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, pediu neste sábado ao Japão que adote um sólido plano de redução de sua colossal dívida pública, durante visita a Tóquio. "As prioridades (do Japão) residem na aplicação rápida dos gastos de reconstrução e na adoção de um sólido plano, a médio prazo, para reduzir sua dívida pública", declarou Lagarde.
A dívida pública da terceira potência econômica mundial equivale a 200% de seu Produto Interno Bruto (PIB), a maior proporção entre os países desenvolvidos. O Japão não é abalado pelas tensões que pesam sobre os países europeus porque 95% de sua dívida pertence a investidores japoneses e Tóquio dispõe das segundas reservas de câmbio do planeta, mas o déficit público japonês, financiado em 40% pela emissão de bônus, ameaça aumentar com as novas verbas, que somam mais de 100 bilhões de euros, destinadas a financiar a reconstrução do nordeste do arquipélago devido ao tsunami de 11 de março passado.
Lagarde, que já visitou Rússia e China esta semana, se reuniu neste sábado com o ministro japonês das Finanças, Jun Azumi, com o governador do Banco do Japão, Masaaki Shirakawa, e com o ministro japonês de Serviços Financeiros, Shozaburo Jimi. A diretora-gerente do FMI viajará ainda hoje ao Havaí, para a reunião do Foro de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).