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Estado de Minas

CSN não desiste de assédio à Usiminas

Companhia fluminense aumenta participação na empresa mineira, mas mercado reage com queda das ações do setor


postado em 22/11/2011 06:00

Fortes perdas perseguiram as ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no pregão desta segunda-feira da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), depois que a empresa de Benjamin Steinbruch anunciou ter elevado sua participação no capital da rival Usiminas. Os papéis ordinários da CSN recuaram 2,44%, a R$ 15,20. Entre os analistas de mercado e no próprio setor de siderurgia, ficaram dúvidas sobre a estratégia da empresa para entrar no bloco de controle da siderúrgica mineira, depois do anúncio, na quinta-feira, de que a siderúrgica argentina Ternium estaria negociando a compra de participação acionária na Usiminas.

Se a CSN se movimentou para mostrar que estaria mais próxima do bloco controlador da Usiminas, que reúne a japonesa Nippon Steel, Camargo Corrêa, Votorantim e a Caixa de Empregados da própria siderúrgica de Ipatinga, no Vale do Aço mineiro, ainda terá de mover novas peças do jogo para convencer os analistas. A companhia mostrou que tem interesse em se expor mais na Usiminas, afirma Rafael Weber, analista do Banco Geração Futuro. A empresa comunicou em fato relevante ter passado a deter 20,14% das ações preferenciais e 11,66% das ordinárias da Usiminas.

Quando considerada a participação isolada da CSN em relação ao volume total das emissões de ações, é que se recebe um avanço da empresa. A soma das posições, em papéis preferenciais e ordinários, atinge 15,9% do capital total da Usiminas. Weber lembra que, nessa base de análise, a siderúrgica bate os 13,8% de participação da Nippon e os 12,9% da Camargo Corrêa e da Votorantim. Não que isso tenha significado em termos de controle acionário, mas tem peso sobre os demais acionistas. Mostra que a CSN está tentando encontrar uma forma de chegar mais próximo do grupo controlador, afirma.

Estratégia Aos poucos, a companhia se aproxima da Usiminas desde o ano passado. Em agosto, detinha 15,15% das ações preferenciais e 11,29% das ordinárias da siderúrgica mineira. No início deste ano, quando a empresa de Steinbruch admitou estar avaliando alternativas estratégicas em relação a seu investimento na Usiminas, os acionistas do bloco de controle firmaram acordo travando o grupo até 2031. O lance mais recente na movimentação que pode alterar a composição acionária da empresa foi a manifestação na sexta-feira de todos os sócios informando o mercado de que estão cientes da investida da Ternium. A siderúrgica argentina estaria negociando a compra da participação de 26% das ações da Camargo Corrêa e Votorantim.

Pedro Galdi, analista chefe da SLW Corretora, não enxergou o recado da CSN como a empresa pôde ter imaginado. Para ele, a ampliação da participação acionária na Usiminas não vai além de um investimento, e que pode representar prejuízo. Por maior que seja essa participação, ainda há um acordo de acionistas da Usiminas. Isso é o que vale, disse. A queda das cotações dos papéis da CSN, na visão de Galdi, reflete um negócio feito com ações preferenciais em meio ao cenário desfavorável da bolsa de valores. Antes mesmo de elevar sua parcela de ações na siderúrgica mineira, a empresa de Steinbruch já tinha o direito de pleitear assento no Conselho de Adminstração, o que deverá ocorrer na assembleia de acionistas de abril do ano que vem. As ações da Usiminas também amargaram queda no pregão de ontem. Os papéis ordinários recuaram 2,36%, a R$ 22,32.


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