Treze pessoas foram presas hoje acusadas de fraudar contas bancárias por meio da internet. Entre as prisões, 10 foram feitas no Rio Grande do Sul e outras três no Pará. Além das prisões, foram apreendidos nove veículos, sendo dois caminhões, duas caminhonetes de luxo e um modelo esportivo da marca Porsche. Uma pistola, um jet ski, uma minimoto e eletrônicos também foram apreendidos. Os cerca de 80 agentes da Polícia Federal cumpriram nove mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão contra uma quadrilha que causou um prejuízo estimado em mais de R$ 5 milhões.
Entre os 16 mandados de busca e apreensão, 13 estão sendo cumpridos nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Tramandaí, no Rio Grande do Sul, e três em Marabá, no Pará. Segundo investigações iniciadas em abril de 2010, a quadrilha era liderada pelo gaúcho C.A.N.S. e seu "braço-direito", o paraense J.L.N.S.
A quadrilha invadia as contas da Caixa Econômica Federal e de outros bancos para roubar o dinheiro por meio de transferências a 'laranjas', pagamento de boletos bancários e tributos (especialmente IPVA), além de compras de mercadorias (como materiais de construção).
As empresas de fachada a serviço do grupo eram usadas para emitir boletos sem a devida contrapartida em relação à prestação de serviços ou venda de produtos, para que fossem quitados usando valores desviados das contas invadidas. O grupo também invadia contas de clientes de empresas aéreas para emitir passagens a terceiros usando os pontos do programa de milhagem das vítimas.