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Estado de Minas

Aeroporto indústria em Minas volta à estaca zero

Apesar de ajustes feitos na licitação, fracassa novo edital para operador logístico de condomínio de empresas em Confins. Governo e Infraero vão estudar alternativa


postado em 25/11/2011 06:00 / atualizado em 25/11/2011 07:41

O aeroporto indústria voltou à estaca zero. Não apareceram interessados na licitação para a escolha da empresa que vai operar o empreendimento, um futuro condomínio industrial com incentivos à exportação no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A abertura dos envelopes fracassou. É a segunda vez que o processo cai num deserto. O primeiro edital, publicado em novembro do ano passado, também não interessou a nenhuma empresa da iniciativa privada.

O novo edital trouxe algumas alterações, mas mesmo assim não conseguiu despertar o interesse do empresariado. A novidade foi a expansão de área de 150 mil metros quadrados, sendo que parte da administração do empreendimento ficará fora desse espaço. Foi definida, ainda, uma carência de prazo para o pagamento pelo operador logístico. Antes, ele teria que começar a pagar à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) desde o início do contrato. Agora, há uma carência de 12 meses.

O aeroporto indústria terá nove lotes para a instalação de empresas de tecnologia de ponta, mas isso não significa que serão nove companhias no empreendimento, pois quem quiser pode ficar em área maior. O prazo curto de exploração do aeroporto (entre 20 e 25 anos) é o primeiro erro na licitação, analisa o professor associado de logística da Fundação Dom Cabral e pós-doutor em transportes aeroportuários, Hugo Ferreira Braga Tadeu.

 “Além disso, o governo quer entregar só o terminal de cargas ou de passageiros à iniciativa privada. Os modelos bem-sucedidos no mundo têm a integração da movimentação de carga com a de passageiros, serviços e mobilidade”, enfatiza. Ele destaca que a mobilidade (acesso) no aeroporto já está no limite e prejudica a movimentação de cargas e passageiros. “Tudo isso é avaliado pelo investidor, que acaba concluindo que não vale a pena o negócio”, observa.

A secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Dorothea Werneck, afirma que será estudada nova alternativa para o aeroporto indústria. “Temos que nos sentar e ver qual será”, diz. A Infraero alegou que ouviu – e acatou – as sugestões do mercado antes de publicar o novo edital. A estatal argumenta que duas empresas fizeram visita técnica ao aeroporto e que foi surpreendida com o deserto na data de apresentação das propostas. A Infraero vai se reunir com o governo do estado, parceiro no empreendimento, para avaliar o futuro do aeroporto.

Terminal 2

Confins tem hoje mais um dia decisivo, quando serão abertas as propostas da licitação internacional para os projetos básico e executivo do terminal 2, que deve ser construído ao lado do estacionamento novo de veículos do aeroporto. O terminal será projetado para receber mais 10 milhões de passageiros ao ano. Ainda não se sabe qual vai ser o valor da obra, mas há expectativa de que chegue a US$ 330 milhões (R$ 627 milhões). A origem da verba para o empreendimento, no entanto, ainda não está acertada. A previsão do governo é de que a capacidade de passageiros de Confins atinja, em 2020, um total de 20 milhões de pessoas ao ano. Só neste ano, a expectativa da Infraero é chegar a 9 milhões de passageiros transportados, ante 7,2 milhões em 2010.


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