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Estado de Minas

Demanda por dólar ajuda BC argentino a cumprir meta


postado em 25/11/2011 08:06

Os fortes saques de depósitos em dólares do sistema financeiro e a aquecida demanda pela moeda norte-americana verificados nos últimos três meses vão ajudar o Banco Central da República Argentina (BCRA) a cumprir as projeções do Programa Monetário de 2011. A expansão monetária, que crescia a um ritmo anual de 40%, reverteu a tendência a partir de agosto, aproximando o BC da meta de 34%, segundo dados da autoridade monetária.

Em outubro, o ritmo da emissão de moeda na Argentina, o chamado M2 (dinheiro em circulação mais depósitos de contas correntes e poupança), passou de 40% para 33%. "Quando o BC passa a vender dólares, é mais fácil cumprir a meta", disse uma fonte do BC à Agência Estado. Assim, continuou a fonte, "a tendência se reverteu e está mais próxima das projeções para o agregado monetário".

A contração foi impulsionada pela fuga de capitais, aliada ao superávit comercial de US$ 9,3 bilhões acumulado neste ano até outubro, inferior ao verificado no mesmo período do ano passado, de US$ 12 bilhões, que obrigou o BC a financiar a demanda por dólar com as reservas. A demanda média mensal do mercado de câmbio foi de aproximadamente US$ 3 bilhões de agosto até a primeira semana de novembro, quando as medidas de controle começaram a surtir efeito. A venda de divisas para acalmar o mercado de câmbio, neste mesmo período, somou US$ 5,346 bilhões (cerca de 22,5 bilhões de pesos), que deixaram de circular.

Normalmente, o BC enxuga os pesos excedentes por meio de emissões semanais de Letras e Notas (Lebac e Nobac). Nesse ano eleitoral, a renovação destes papéis foi uma árdua tarefa e o BC não teve muito êxito, já que os bancos optaram por dolarizar suas carteiras e ampliar liquidez. O estoque de Lebac e Nobac caiu pela metade.

Recomposição de reservas

Nos últimos dias, o BC saiu da ponta vendedora do mercado de câmbio para recuperar parte das reservas usadas para conter abruptas desvalorizações do peso. Em seis dias, a autoridade monetária comprou US$ 320 milhões, tornando-se a única demandante por dólares. Os operadores afirmam que isso só está sendo possível devido à pressão oficial que paralisou o mercado, mas essa suposta "calmaria" não deve durar para sempre. Para a presidente do BC, Mercedes Marcó Del Pont, a mini corrida ao dólar terminou. Durante participação na Conferência da União Industrial Argentina (UIA), na última segunda-feira, Del Pont disse que as reservas estão em US$ 46 bilhões e que, a partir de agora, vão se recompor. No início do ano, o volume de reservas era de US$ 52 bilhões.

O governo está confiante que não terá que usar as reservas para atender o mercado porque, além da demanda ter esfriado, a oferta tende a aumentar com entrada de dólares provenientes das exportações de soja, trigo e milho. Aposta também nos dólares que empresas de mineração devem repatriar até dezembro.


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