O Fundo Monetário Internacional (FMI) pode oferecer à Itália um suporte financeiro de 400 bilhões a 600 bilhões de euros, a fim de dar ao novo governo de Mario Monti entre 12 e 18 meses para aprovar reformas suficientes para restaurar a confiança do mercado na capacidade de o país pagar a sua dívida, informou o jornal La Stampa na edição deste domingo, citando fontes do órgão.
O "pacote Itália" do FMI consistiria de empréstimos a uma taxa de juro de 4% a 5%, abaixo dos 7% a 8% que o país pagou na maioria nos recentes leilões de bônus, de acordo com o diário.
Segundo o La Stampa, o agravamento da crise de dívida da Europa, que elevou a pressão sobre os títulos da França e da Bélgica e levou um leilão de bônus da Alemanha ao fracasso, reforça a convicção do FMI de que a Itália é a nação que precisa urgentemente de suporte para evitar um colapso do euro.
O fundo quer conceder ao novo premiê italiano uma outra alternativa, se as suas reformas forem insuficientes para dissipar a especulação financeira, revelou o diário. Monti deve apresentar as reformas em 5 de dezembro, informaram os jornais italianos hoje.
O tamanho de qualquer resgate do FMI para a Itália seria tão grande que deve ser feito em coordenação com outras instituições acrescentou o La Stampa. A Alemanha tem se posicionado contra a ampliação das compras pelo Banco Central Europeu (BCE) de títulos espanhóis e italianos no mercado aberto para sustentar os preços.