(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Com o 13º no bolso, devedores buscam quitar débitos

Pesquisa mostra que 54% da nova classe média vai honrar compromissos e limpar nome


postado em 01/12/2011 06:00 / atualizado em 01/12/2011 08:05

Nome limpo e crédito liberado. Essas são as principais metas de grande parte dos trabalhadores que correram nessa quarta-feira para colocar as contas em dia nos Serviços de Proteção ao Crédito (SPCs). Na Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) o movimento foi intenso e a expectativa é que o número de consultas diárias ao SPC salte de 600 para 800 pessoas em dezembro. O dinheiro extra vai beneficiar 78 milhões de brasileiros, sendo 8,3 milhões em Minas Gerais.

“A proximidade do Natal leva mais pessoas a limparem o nome. Eles querem começar o ano sem dívidas e com crédito para comprar bens de consumo de maior valor agregado”, afirma Ana Paula Bastos, economista da CDL-BH. Com o nome no SPC, diz, não há como o consumidor pegar crédito. O pagamento da primeira parcela do 13º salário foi feito pelas empresas da iniciativa privada até essa quarta-feira. “As consultas ao SPC estão maiores desde o início do pagamento da primeira parcela”, observa Ana Paula.

O salário extra deve injetar R$ 118 bilhões na economia, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese). Desse total, R$ 64,1 bilhões virão da chamada nova classe média, segundo levantamento do Instituto Data Popular, que pesquisa os hábitos de consumo da população de baixa renda. A avaliação do instituto é que 54% do valor recebido por essa parcela da população, ou R$ 34,6 bilhões, serão destinados ao pagamento de dívidas. O valor é mais que do que o dobro do que a alta renda vai destinar a esse fim (R$ 15,5 bilhões). O Instituto Data Popular considera que os brasileiros que pertencem à nova classe média são aqueles com renda individual entre R$ 324 e R$ 1.387 e renda familiar média de R$ 2.295.

“O endividamento está maior e há mais disposição do consumidor para renegociar dívidas, principalmente os de classes mais baixas, que demandam maior crédito”, afirma Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa Experian Para quem renegociou a dívida e conseguiu limpar o nome, Almeida recomenda que dê preferência às compras à vista no Natal. “E é aconselhável que gaste menos, pois há os impostos de início de ano”, observa.

Segundo o indicador Serasa Experian, a quantidade de pessoas que procurou crédito recuou 4,6% em outubro na comparação com setembro. Foi a segunda queda mensal consecutiva da busca do consumidor por crédito. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a demanda do consumidor por crédito aumentou 0,1%, a menor taxa de expansão anual em 25 meses, ou seja, desde outubro de 2009. Os economistas da Serasa avaliam que o agravamento da crise econômica europeia, o enfraquecimento do ritmo de expansão da economia brasileira e a desaceleração das taxas de crescimento da renda e do emprego têm levado os consumidores a adotar postura mais cautelosa em relação a novos financiamentos.

 

Lojas vão funcionar até as 22h

 

Muitos lojistas do comércio de bairro e do hipercentro de Belo Horizonte vão abrir as portas com horário diferenciado a partir de hoje. A sugestão da CDL-BH é que os comerciantes funcionem das 9h às 22h de segunda a sexta e das 9h às 18h no sábado e domingo. Nos dias 24 e 31 o comércio também terá funcionamento em horário diferenciado. A previsão é que abra as portas das 9h às 18h e fique fechado em 25 de dezembro e 1 de janeiro, feriado do Natal e Réveillon.

Na região da Savassi, que interrompe as obras a partir de hoje, a sugestão é que estendam os horários a partir do dia 19, com funcionamento das 9h às 22h. Nos sábados dos dias 10 e 17 o horário sugerido é de 9h às 18h e nos domingos dos dias 11 e 18 é de 10h às 16h.

A previsão da CDL-BH é que as vendas do comércio somem de R$ 2,6 bilhões a R$ 2,76 bilhões em este mês. O crescimento é de 5% em relação a dezembro de 2010, que já teve um bom desempenho de vendas. “O impacto direto da crise financeira ainda não foi sentido”, avalia a economista da CDL, Ana Paula Bastos.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Belo Horizonte alcançou 53,27 pontos em novembro, acima do nível que separa o pessimismo do otimismo, segundo a Fundação Ipead. Na comparação com o mês de outubro, teve aumento de 1,10%, acumulando variação positiva de 3,50% ao longo do ano de 2011.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)