O comércio varejista reagiu instantaneamente ao anúncio do corte de tributos sobre os eletrodomésticos da linha branca feito pelo Ministério da Fazenda ontem. Antes do fim do dia, grandes redes divulgaram a revisão das tabelas de preços, garantindo o repasse total da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aos consumidores. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) estimou que os valores devem cair 8% em média, mas algumas lojas prometeram oferecer descontos de até 20% em determinados produtos.
É o caso da máquina de lavar vendida nas lojas Ricardo Eletro que passou de R$ 1.289 para R$ 1.031. A empresária Mônica Alves, 22 anos, não perdeu tempo e levou o produto com o desconto. “Ainda bem que resolvi comprar no momento certo. Eu já vinha me organizando, quitei algumas dívidas e agora comprei a máquina à vista. O melhor disso foi que o preço ficou bem menor”, afirmou.
A rede de supermercados Extra, do grupo Pão de Açúcar, também anunciou queda de até 18% no caso da lavadora de roupas, que passou de R$ 1.099 para R$ 899. O grupo Walmart também afirmou ter repassado a redução de IPI para os preços. A reação reflete a dinâmica do setor, altamente competitivo e sensível às alterações de impostos. “As medidas vão trazer grandes benefícios ao consumidor. Essa iniciativa, somada às melhores condições de financiamento e ao aumento da renda, deve contribuir com as vendas do varejo e, sobretudo, para que o consumidor brasileiro tenha acesso a produtos mais modernos”, comentou Enéas Pestana, presidente do Extra.
Outros representantes do varejo elogiaram as desonerações. “As ações foram acertadas, pois chegou novamente o momento de, como em 2008, incentivar o consumo”, afirmou o presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Fernando de Castro. Boa parte das medidas anunciadas ontem teve o dedo de Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, cotada para ser ministra das Micro e Pequenas Empresas.
Confiança
Para a economista da CNC Marianne Hanson, a redução dos impostos atinge um grupo que representa 40% dos eletrodomésticos e protege um setor estratégico da economia. “Como está mais relacionado ao crédito, a linha branca depende muito da confiança dos consumidores, que só compram quando a situação é favorável”, disse Marianne.
Com o casamento marcado para janeiro, o casal Robson
Borges, 23 anos, e Michele Dantas, 21 anos, também aproveitou a queda do IPI. Eles compraram eletrodomésticos para a casa nova e se programaram para gastar até R$ 13,4 mil antes do anúncio. Mas, com um imposto menor, as parcelas ficaram mais atrativas. “Decidimos comprar a prazo, mas pensando em pequenas prestações. Mesmo assim, conseguimos um desconto de quase R$ 500 no total das compras”, disse Michele.
Em nota, o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), criticou o governo ao considerar o pacote modesto. No caso da redução do Imposto sobre Operações Financeiras, ele foi ainda mais incisivo. “O ministro cometeu de cara um erro, ao anunciar que o governo pode voltar atrás no caso do IOF. Isso deve atenuar o impacto das medidas, pois passa a ideia de instabilidade de regras”, afirmou.
É o caso da máquina de lavar vendida nas lojas Ricardo Eletro que passou de R$ 1.289 para R$ 1.031. A empresária Mônica Alves, 22 anos, não perdeu tempo e levou o produto com o desconto. “Ainda bem que resolvi comprar no momento certo. Eu já vinha me organizando, quitei algumas dívidas e agora comprei a máquina à vista. O melhor disso foi que o preço ficou bem menor”, afirmou.
A rede de supermercados Extra, do grupo Pão de Açúcar, também anunciou queda de até 18% no caso da lavadora de roupas, que passou de R$ 1.099 para R$ 899. O grupo Walmart também afirmou ter repassado a redução de IPI para os preços. A reação reflete a dinâmica do setor, altamente competitivo e sensível às alterações de impostos. “As medidas vão trazer grandes benefícios ao consumidor. Essa iniciativa, somada às melhores condições de financiamento e ao aumento da renda, deve contribuir com as vendas do varejo e, sobretudo, para que o consumidor brasileiro tenha acesso a produtos mais modernos”, comentou Enéas Pestana, presidente do Extra.
Outros representantes do varejo elogiaram as desonerações. “As ações foram acertadas, pois chegou novamente o momento de, como em 2008, incentivar o consumo”, afirmou o presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Fernando de Castro. Boa parte das medidas anunciadas ontem teve o dedo de Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, cotada para ser ministra das Micro e Pequenas Empresas.
Confiança
Para a economista da CNC Marianne Hanson, a redução dos impostos atinge um grupo que representa 40% dos eletrodomésticos e protege um setor estratégico da economia. “Como está mais relacionado ao crédito, a linha branca depende muito da confiança dos consumidores, que só compram quando a situação é favorável”, disse Marianne.
Com o casamento marcado para janeiro, o casal Robson
Borges, 23 anos, e Michele Dantas, 21 anos, também aproveitou a queda do IPI. Eles compraram eletrodomésticos para a casa nova e se programaram para gastar até R$ 13,4 mil antes do anúncio. Mas, com um imposto menor, as parcelas ficaram mais atrativas. “Decidimos comprar a prazo, mas pensando em pequenas prestações. Mesmo assim, conseguimos um desconto de quase R$ 500 no total das compras”, disse Michele.
Em nota, o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), criticou o governo ao considerar o pacote modesto. No caso da redução do Imposto sobre Operações Financeiras, ele foi ainda mais incisivo. “O ministro cometeu de cara um erro, ao anunciar que o governo pode voltar atrás no caso do IOF. Isso deve atenuar o impacto das medidas, pois passa a ideia de instabilidade de regras”, afirmou.