As empresas brasileiras esperam aumentar, em 2012, a participação de recursos de terceiros em seus investimentos e, dessa forma, alocar um porcentual menor do seu próprio capital. É o que apontou a pesquisa Investimentos na Indústria 2011, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada hoje. A despeito da intenção das empresas, a própria CNI estima, no entanto, que essa expectativa deva ser frustrada, como ocorre todos os anos, devido à dificuldade de acesso às fontes de financiamento de longo prazo.
Em 2011, uma parcela de aproximadamente 60% do investimento das empresas ouvidas foi feita com recursos próprios. A expectativa dos entrevistados, no entanto, é de que
O gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, afirmou que as empresas são sempre mais otimistas em relação ao acesso a outras fontes de financiamento, como recursos externos e emissões de ações, comparado, ao que se verifica efetivamente. Disse, ainda, que as medidas recentes do governo para baratear o crédito, especialmente o de longo prazo, contribuem para alterar esse cenário, mas que não espera mudanças significativas no curto prazo. "Essas medidas estão na direção correta, mas ainda não são a retomada do financiamento privado de longo prazo", afirmou.