A corrida à pesquisa de jazidas em Minas Gerais dos metais de terras-raras – produto nobre usado na fabricação de telas de computador e superímãs, em outras aplicações – começa a atrair investidores. Além da Vale, que confirmou a intenção de explorar reserva recém-descoberta na região de Patrocínio, no Alto Paranaíba, o governo de Minas Gerais tem recebido representantes de fundos de investidores estrangeiros dispostos a desenvolver projetos no estado, informou, nessa sexta-feira, Paulo Sérgio Machado Ribeiro, subsecretário de Estado de Desenvolvimento Mínero-Metalúrgico e Política Energética. Boa parte das ocorrências do material está associada ao fosfato, conforme os levantamentos geológicos disponíveis do território mineiro.
Segundo o secretário Paulo Sérgio Ribeiro, há indicativos de terras-raras em toda a área de ocorrência de rochas fosfáticas em Minas, do Centro-Oeste ao Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e o Noroeste do estado. As notícias animam o prefeito de Araxá, Jeová Moreira da Costa, que está entusiasmado com as pesquisas de minerais associados à produção tradicional no município de fosfato e nióbio, considerados produtos de futuro da mineração.
Jeová Costa disse que uma missão de investidores japoneses e chineses esteve na semana passada em visita à cidade, a convite da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). A mineradora conduz o maior complexo mínero-industrial de nióbio do mundo, arrendando jazidas pertencentes à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas (Codemig), empresa de economia mista que tem o estado como acionista majoritário. A CBMM não confirmou a visita dos investidores estrangeiros.