A tecnologia invadiu as indústrias de eletrodomésticos, de veículos, de medicamentos e de informática e é hoje realidade no dia a dia da produção dessas atividades. Nos canteiros de obras ela resistiu e não chegou a eles com a mesma agilidade. Mas chegou. O uso de novos materiais, equipamentos e automação na construção civil está ajudando as empresas a ganhar competitividade, reduzir o desperdício, acelerar os processos e enfrentar um dos grandes desafios do setor: a escassez de mão de obra qualificada.
O uso da tecnologia nos canteiros e nas edificações reflete nos números do setor. “Há 20 anos, a cada obra realizada, uma era desperdiçada. Hoje, a perda nas obras gira em torno de 5% a 6%”, diz Cantídio Alvim Drumond, diretor da área de materiais e tecnologia do Sindicato da Indústria da Construção de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Mas ainda há muito espaço para avançar, diz, já que no Japão esse índice fica em torno de 3%. Drumond enfatiza que as construtoras brasileiras precisam gastar mais tempo no projeto e menos na obra. “Aqui acontece o contrário do Japão. Lá a obra em si consome menos tempo do que o planejamento”, diz.
O diretor da construtora Diniz Camargos, Teodomiro Diniz, concorda que a mudança no modo de fazer as obras precisa começar pelos projetos. “Estamos produzindo estruturas com menos pilares e vigas, que reduzem os gastos com mão de obra e forma”, diz. A escassez de profissionais na atividade, segundo Diniz, tem induzido as construtoras a mecanizar, industrializar e simplificar os processos. “A mudança de cultura é lenta, mas os processos estão mais simples e qualificados e acabam vencendo a resistência”, observa o empresário. Ele cita, por exemplo, a mudança ocorrida na instalação das portas nas obras. “Antes não era comum comprar a porta pronta. Primeiro era adquirido o marco, depois se alisava, fazia-se o acabamento ao redor, compravam-se dobradiças, parafusos, fechaduras e em seguida assentava-se o marco. Hoje isso é inviável”, observa.
O transporte vertical é um dos grandes desafios enfrentados pelas empresas do setor, segundo Drumond. “O cronograma para a entrega das obras está apertado e são exigidos prazos mais curtos para a entrega dos empreendimentos”, observa. Frederico Eustáquio, coordenador da LokMax, completa que a mecanização nas obras deve ser feita com um planejamento logístico. “Não adianta colocar um equipamento no canteiro que não foi dimensionado para aquela área”, diz.
Nas mãos
A tecnologia entrou não só para a vida dos pedreiros, carpinteiros, eletricistas e pintores. O netbook, o iPad, o iPhone, as trenas digitais e as imagens em 3D caminham junto com arquitetos e engenheiros nas obras. A arquiteta e designer Flaviane Pereira está no mercado há 13 anos. Hoje, ela vai para as obras sempre acompanhada da sua trena digital e iPad.
“A precisão da trena digital é mais eficiente e o nosso esforço físico menor, pois não precisamos de outra pessoa para ajudar a tirar a medida”, ressalta Flaviane. O trabalho também é agilizado. “Economizo 70% do tempo que demoraria com a trena convencional, que é menos segura. Já cortei várias vezes o dedo com ela, pois tem um ímã na ponta que acaba causando acidentes quando fechamos a medida de forma mais rápida”, diz.
O iPad é usado para mostrar os projetos em 3D aos funcionários das obras. “A visualização é melhor. Algumas vezes a pessoa não entende bem o projeto e quando visualiza em 3D fica mais fácil saber o que estou querendo”, afirma. A caixa de e-mails também é acessada do iPad. “Posso pegar informações na internet enquanto estou na obra, o que economiza tempo” observa.
O engenheiro João Antunes Júnior tem iPad há um ano. Ele o usa para ler e-mails, puxar relatórios com o número de obras, horas extras, aprovar ordens de compras e medição das obras. “Antes eu fazia isso via computador. Muitas vezes eu estava em alguma obra que tinha o equipamento, mas não tinha internet. Agora consigo ter as informações e passar o serviço de qualquer lugar”, destaca.
O uso da tecnologia nos canteiros e nas edificações reflete nos números do setor. “Há 20 anos, a cada obra realizada, uma era desperdiçada. Hoje, a perda nas obras gira em torno de 5% a 6%”, diz Cantídio Alvim Drumond, diretor da área de materiais e tecnologia do Sindicato da Indústria da Construção de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Mas ainda há muito espaço para avançar, diz, já que no Japão esse índice fica em torno de 3%. Drumond enfatiza que as construtoras brasileiras precisam gastar mais tempo no projeto e menos na obra. “Aqui acontece o contrário do Japão. Lá a obra em si consome menos tempo do que o planejamento”, diz.
O diretor da construtora Diniz Camargos, Teodomiro Diniz, concorda que a mudança no modo de fazer as obras precisa começar pelos projetos. “Estamos produzindo estruturas com menos pilares e vigas, que reduzem os gastos com mão de obra e forma”, diz. A escassez de profissionais na atividade, segundo Diniz, tem induzido as construtoras a mecanizar, industrializar e simplificar os processos. “A mudança de cultura é lenta, mas os processos estão mais simples e qualificados e acabam vencendo a resistência”, observa o empresário. Ele cita, por exemplo, a mudança ocorrida na instalação das portas nas obras. “Antes não era comum comprar a porta pronta. Primeiro era adquirido o marco, depois se alisava, fazia-se o acabamento ao redor, compravam-se dobradiças, parafusos, fechaduras e em seguida assentava-se o marco. Hoje isso é inviável”, observa.
O transporte vertical é um dos grandes desafios enfrentados pelas empresas do setor, segundo Drumond. “O cronograma para a entrega das obras está apertado e são exigidos prazos mais curtos para a entrega dos empreendimentos”, observa. Frederico Eustáquio, coordenador da LokMax, completa que a mecanização nas obras deve ser feita com um planejamento logístico. “Não adianta colocar um equipamento no canteiro que não foi dimensionado para aquela área”, diz.
Nas mãos
A tecnologia entrou não só para a vida dos pedreiros, carpinteiros, eletricistas e pintores. O netbook, o iPad, o iPhone, as trenas digitais e as imagens em 3D caminham junto com arquitetos e engenheiros nas obras. A arquiteta e designer Flaviane Pereira está no mercado há 13 anos. Hoje, ela vai para as obras sempre acompanhada da sua trena digital e iPad.
“A precisão da trena digital é mais eficiente e o nosso esforço físico menor, pois não precisamos de outra pessoa para ajudar a tirar a medida”, ressalta Flaviane. O trabalho também é agilizado. “Economizo 70% do tempo que demoraria com a trena convencional, que é menos segura. Já cortei várias vezes o dedo com ela, pois tem um ímã na ponta que acaba causando acidentes quando fechamos a medida de forma mais rápida”, diz.
O iPad é usado para mostrar os projetos em 3D aos funcionários das obras. “A visualização é melhor. Algumas vezes a pessoa não entende bem o projeto e quando visualiza em 3D fica mais fácil saber o que estou querendo”, afirma. A caixa de e-mails também é acessada do iPad. “Posso pegar informações na internet enquanto estou na obra, o que economiza tempo” observa.
O engenheiro João Antunes Júnior tem iPad há um ano. Ele o usa para ler e-mails, puxar relatórios com o número de obras, horas extras, aprovar ordens de compras e medição das obras. “Antes eu fazia isso via computador. Muitas vezes eu estava em alguma obra que tinha o equipamento, mas não tinha internet. Agora consigo ter as informações e passar o serviço de qualquer lugar”, destaca.