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Estado de Minas

Compra de carro importado com IPI reduzido termina nesta sexta-feira


postado em 13/12/2011 07:20 / atualizado em 13/12/2011 07:32

O gerente administrativo Celso Alves Júnior e a mulher, Patrícia, sabem que precisam comprar depressa(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A/Press)
O gerente administrativo Celso Alves Júnior e a mulher, Patrícia, sabem que precisam comprar depressa (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A/Press)
Os berrantes anúncios de veículos importados com preços livres da sobretaxação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vão deixar, definitivamente, as vitrines das concessionárias na sexta-feira. A expectativa para as decisões do governo quanto à flexibilização das regras que aumentam os preços dos carros, com divulgação prometida até o fim da semana, serve de catalisador de decisões para quem quer um carro chinês ou coreano. Tudo que os vendedores sabem informar é que o aumento do preço é dado como certo.

Por isso, o gerente administrativo Celso Alves Júnior deve agilizar a compra: “Ainda tenho mais um pouco de pesquisa para fazer, mas até quinta-feira bato o martelo”. Na tarde de ontem, ele foi à concessionária Kia Motors da Cidade Nova. Interessado no Sportage, de R$ 100 mil, avaliou a possibilidade de levar o Sorento (R$ 125 mil), incentivado pela esposa, Patrícia Diamantino. “Mas isso só se for sem o aumento de IPI, porque senão fica realmente impraticável”, pondera. Se mantidas as regras do decreto publicado em setembro, a sobretaxação pode chegar a 30 pontos percentuais, impactando o preço dos veículos.

Há três meses, o aviso de que os veículos importados sairiam mais caros das lojas provocou verdadeira corrida por carros estrangeiros, especialmente orientais. A gerente da Kia Motors da Cidade Nova, Carmem Massote, calcula que a procura por veículos da coreana aumentou 35% e muitos modelos se esgotaram. Hoje, o movimento não é tão intenso, mas continua grande. A concessionária já aumentou os preços dos modelos, mesmo sem a pressão do IPI, de acordo com revisão anual da tabela, motivada, segundo a gerente, pelo reajuste do câmbio.

Na prática, contudo, a variação é bem maior que a do dólar este ano. O Kia Soul, por exemplo, que era vendido a R$ 53,9 mil, hoje custa R$ 60 mil. E esse é o preço garantido até sexta-feira. A expectativa dos vendedores é de que, com a divulgação das novas regras, o reajuste não seja tão intenso, ou a competitividade dos veículos ficará ainda mais prejudicada.

De acordo com Eduardo Jeunon, gerente das concessionárias da coreana Ssangyong e Changan (antiga Chana), os preços reduzidos estarão garantidos para o que estiver no estoque até o dia 15. Na corrida por carros sem a sobretaxação, as lojas viram o movimento e as vendas crescerem 20% nesses últimos meses, segundo ele. Ele critica as medidas “protecionistas”: “Seria muito mais sensato aumentar em 10% o imposto para quem importa e reduzir em 10% para quem produz, por exemplo”.

PROPOSTAS A Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) encaminhou propostas aos ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e da Ciência e Tecnologia, sugerindo medidas que definam transição menos abrupta, para política automotiva mais “profunda e abrangente”. A Abeiva propõe, por exemplo, que se estabeleça quantidade de importações autorizada, sem incisão da sobretaxação do IPI. Essa quantidade seria baseada na média do histórico de importações entre setembro de 2010 e deste ano. Seria uma maneira de evitar o aumento das importações, mantendo o ritmo atual. Outra sugestão é o aumento do prazo de vigência do benefício para produção nacional. Previsto inicialmente para 2012, os importadores acreditam que a adoção de regime de longo prazo pode ser mais estimulante para a atração de investimentos do setor no Brasil.


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