Na reta final para o Natal, o varejo reduziu em menos da metade a projeção de crescimento de vendas. Depois do desempenho recorde de 2010, quando a receita aumentou 10% sobre o ano anterior, agora a expectativa é de um acréscimo de 2% nas vendas de dezembro na comparação com o mesmo mês do ano passado e levando-se em conta o mesmo número de dias.
"A euforia do Natal de 2010 não tem mais", diz o economista-chefe da ACSP, Marcel Solimeo, ressaltando que, ao contrário do ano passado, há hoje muita incerteza. Ele pondera que crescer 2% sobre uma base forte, que foi o Natal do ano passado, é um bom resultado, porém "não é nada extraordinário".
Ele destaca que o ritmo de vendas está abaixo do esperado e o varejo está estocado. Nem o corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de geladeiras, fogões e lavadoras, anunciado pelo governo nas últimas semanas, deu grande impulso às vendas.