A nota enviada anteriormente continha uma imprecisão. O presidente do BNDES fez menção a desembolsos do banco oficial exclusivamente pelo cartão do BNDES para micro e pequenas empresas. O valor total de desembolsos para o segmento por outras linhas de crédito é bem maior, mas não há projeção ainda para o resultado do ano. Segue abaixo o texto corrigido:
São Paulo, 19 - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou hoje que, apesar do processo de agravamento da crise internacional, a concessão de crédito para micro e pequenas empresas pelo banco oficial não foi atingida. "Ainda não constatamos um processo de contração de crédito da pequena empresa, uma variável relevante que as autoridades econômicas estão a observar", afirmou, após dar aula no Curso Intensivo de Jornalismo Econômico organizado pelo Grupo Estado.
Coutinho ressaltou que somente com o cartão BNDES cerca de 500 mil empreendedores de pequeno porte recebem financiamento da instituição, num valor médio de R$ 15 mil por companhia, o que deve gerar um montante de liberações de recursos superior a R$ 7 bilhões para este segmento de empresas em 2011. No total, considerando outras linhas de crédito, as micro e pequenas empresas receberam R$ 20,2 bilhões do BNDES de janeiro a setembro deste ano.
Para 2011, o banco oficial projeta que a liberação total de recursos ficará ao redor de R$ 140 bilhões, marca inferior aos R$ 143,6 bilhões registrados no ano passado - o valor relativo aos desembolsos de 2010 não leva em consideração os R$ 24,5 bilhões concedidos para a capitalização da Petrobras.
Estádios - De acordo com Coutinho, estão em dia as liberações de recursos para 8 dos 12 estádios da Copa do Mundo de 2014 que contam com financiamentos do BNDES. "Os estádios estão sendo construídos dentro do cronograma", afirmou. "A nossa expectativa é de que os cronogramas de execução se acelerem e os estádios fiquem prontos a tempo, uma parte deles para a Copa das Confederações (em 2013). Certamente, todos estarão prontos para a Copa do Mundo."
Segundo Coutinho, o ritmo de desembolsos é diferenciado entre as obras. "Existem casos em que já se desembolsou mais da metade dos recursos, mas em geral estamos entre um terço e metade", afirmou. "Esperamos um 2012 produtivo em termos de aceleração das obras, com boa parte delas em estágio de acabamento até o início de 2013."