O Tesouro espanhol captou nesta terça-feira 5,640 bilhões de euros em bônus a 3 e 6 meses, em sua última emissão de obrigações do ano, superando a meta de emissão do governo com uma taxa de juros muito menor que a da emissão anterior.
Os juros concedidos pela Espanha para financiar-se foram reduzidos a um terço com relação à última emissão de 22 de novembro de bônus a três meses, a 1,735% (contra 5,110%), e a mais da metade para os títulos a seis meses, a 2,435% (contra 5,227%), anunciou o Banco da Espanha.
A demanda foi mais uma vez muito elevada, superando os 18,4 bilhões de euros, e dadas as boas condições, o Tesouro aproveitou para oferecer mais que sua meta inicial, que era captar entre 3,5 e 4,5 bilhões de euros.
Segundo especialistas, esta relação de confiança dos investidores em relação à Espanha é fruto das diretrizes traçadas pelo novo governo de direita, que assumirá oficialmente suas funções esta semana.
A posição da Espanha é significativamente melhor que a da Itália, que tem tido dificuldades para captar no mercado de obrigações.
O futuro presidente espanhol, Mariano Rajoy, fez um discurso sobre as metas de seu governo na segunda-feira ante o Parlamento, tentando transmitir uma mensagem de tranquilidade aos mercados. Rajoy traçou grandes linhas de seu plano de austeridade e de reformas, que se fazem extremamente urgentes em um país ameaçado pela recessão e castigado com um desemprego recorde para um país desenvolvido.