O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira que a redução do spread - diferença entre o custo que o banco tem para captar recursos no mercado e o juro cobrado por ele em suas operações de crédito - continuará na agenda da autoridade monetária no próximo ano. "Isso significa custo do crédito ao cidadão e a nossa preocupação é em cima de uma agenda de redução do spread", disse.
Tombini salientou que ainda que o foco de 2011 tenha sido estabilidade e combate à inflação, dentro de um realinhamento com os impactos externos, 2012 contará com o início do funcionamento do cadastro positivo. "Isso deve se refletir nos custos. Olhando para a frente, a agenda continua", afirmou.
O presidente do Banco Central enfatizou também que não há risco de bolha no mercado de crédito brasileiro. "Temos hoje menos risco de bolha do que tínhamos no início do ano", comparou.
Câmbio
O presidente do BB disse ainda que o governo não possui meta para o câmbio. No final de semana, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ao Grupo Estado que o governo não deixaria que o dólar fosse cotado abaixo de R$ 1,60. "Não temos meta, mas preocupação de manter estabilidade financeira", limitou-se a dizer. Isso significa, de acordo com ele, que o intuito é fazer com que o câmbio não seja motivo de preocupação em relação à saúde das instituições financeiras e não-financeiras, como já ocorreu no passado.