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Estado de Minas

Em estado de greve, aeroviários de Minas fazem assembleia na semana que vem

No país, atrasos afetaram 10,1% dos voos


postado em 24/12/2011 06:00 / atualizado em 24/12/2011 06:59


Os aeroviários (trabalhadores que atuam em solo) mantiveram, ontem, em ritmo normal o funcionamento do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, de Confins, na Grande Belo Horizonte. Eles estão em estado de greve até que a nova proposta de 6,5% de reajuste salarial para quem ganha acima do piso da categoria, apresentada na quinta pelas companhias aéreas, seja votada. Na noite da véspera, houve paralisação durante uma hora e meia no terminal.

Até que uma decisão seja tomada em assembleia, prevista para ser realizada no início da próxima semana, os funcionários continuam trabalhando normalmente. “Estamos aguardando orientação das demais bases do sindicato”, afirmou o diretor de comunicação da subsede mineira do Sindicato Nacional dos Aeroviários em Minas Gerais, Valter Aguiar. Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza e Salvador também não chegaram a um acordo com o sindicato das empresas aéreas.

Durante toda a sexta-feira, o funcionamento nos principais aeroportos do país foi tranquilo, com cerca de 10% dos voos com atrasos superiores a 30 minutos, percentual considerado normal pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Segundo balanço da estatal, às 19h, no aeroporto de Confins, dos 117 voos previstos, 13 decolaram fora do horário (11,1%) e dois foram cancelados. Em todo o país, 257 das 2.291 viagens apresentaram atrasos na decolagem e 64 foram canceladas.

A nova proposta das empresas, que levou à suspensão das paralisações na noite de quinta-feira prevê aumento de 6,5% ante oferta anterior de 6,17%, que era suficiente apenas para recompor as perdas para a inflação no período. Apesar do avanço nas discussões, a reivindicação da categoria é de aumento salarial de 10% e 14% de elevação do piso. As companhias aéreas já haviam proposto reajuste de 10% para o salário base dos trabalhadores.

Atento ao movimento grevista, Bruno Coelho e a família ficaram aliviados ao saber que o funcionamento de Confins havia retornado ao normal. “Ficamos de olho em casa e a notícia da suspensão nos tranquilizou muito”, conta o administrador de empresas. Para evitar transtornos, Lúcia de Paula e a família chegaram com duas horas de antecedência ao aeroporto. “Vamos passar o Natal e o ano-novo em Guarapari”, contou, enquanto caminhava tranquilamente na fila de check-in.

Passageiros com voos marcados para hoje e amanhã em Confins podem ficar tranquilos já que não estão programadas manifestações para o fim de semana. A boa notícia, porém, não reduz a forte movimentação no aeroporto típica desta época do ano. Somente ontem, cerca de 30 mil pessoas circularam pelos saguões, volume que deve ser superado na véspera do ano-novo, segundo previsões da Infraero.

Acordos fechados

Em Guarulhos, Porto Alegre e Recife, os sindicatos que representam a categoria aceitaram a proposta das empresas aéreas e descartaram a greve. Os aeronautas – pilotos e comissários –  optaram por fechar acordo ao aceitarem a oferta de ajuste de 6,5% dos salários e 10% de alta nos pisos.

Com negociação própria, os aeroportos de Congonhas e do Campo de Marte, representados pelo Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo, ligado à Força Sindical, ainda estão com situação indefinida. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) limitou uma greve à participação de 20% do quadro de pessoal hoje e nos dias 29, 30 e 31 para atender a movimentação de ano-novo, sob pena de multa de R$ 100 mil. (Colaborou Frederico Bottrel)


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