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Estado de Minas

Mercado de vinhos e espumantes comemora aumento de 10% nas vendas totais de 2011

Além do bom resultado durante o ano comemoram também aumento de 40% no movimento de dezembro


postado em 25/12/2011 07:23 / atualizado em 25/12/2011 07:26

Nelton Fagundes, sommelier da Enoteca Decanter(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press. )
Nelton Fagundes, sommelier da Enoteca Decanter (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press. )

Fim de ano rima com comemorações, bebidas e comidas especiais. Nesse clima de festa, Natal e réveillon formam pacote perfeito para o comércio de vinhos e espumantes, que está em alta no país. O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) projeta aumento de 10% nas vendas de vinhos e espumantes neste ano, totalizando 272 milhões de litros comercializados, contra 246,4 milhões em 2010. O aquecimento do mercado vitivinícola brasileiro acontece em função de novos consumidores das classes mais populares no segmento de vinhos e espumantes e devido à entrada em vigor do Selo de Controle Fiscal. Desde o início do ano, a Receita Federal obriga todas as vinícolas, nacionais e estrangeiras, a colocarem selo nas garrafas comprovando a regularidade fiscal e legal do produto, como pagamento de impostos, registros no Ministério da Agricultura, entre outros.

Em Belo Horizonte, os comerciantes de vinhos brindam o aquecimento de vendas e projetam alta de até 40% nos negócios neste mês. A Royal Vinhos, com duas unidades na capital, no Cruzeiro e no Santo Antônio, estima vender 12 mil garrafas de vinhos e espumantes em dezembro, sendo que em outros meses a média é de 6 mil a 7 mil unidades. A empresa espera aumentar as vendas entre 30% e 35% em relação a dezembro de 2010. “O poder de compra do brasileiro melhorou, não houve reajuste de preços e as classes mais baixas passaram a consumir mais vinho”, afirma Antônio Guido, gerente da Royal.

O tíquete médio de vendas da loja subiu: no ano passado, girou em torno de R$ 220 e hoje está em R$ 260. “As pessoas estão fazendo mais degustações, se informando e consumindo rótulos mais caros”, observa Guido. Na Royal, há vinhos com preços desde R$ 19,80 (o Signos, argentino) até R$ 1,1 mil (o francês Chateau De Latour Clos-Vougeot). Entre os espumantes, o mais barato da loja é o Bossa, que sai por R$ 25,20, e o mais caro é o francês Champagne de Sousa, que custa R$ 400.

A Enoteca Decanter também está otimista com as vendas e espera crescimento em torno de 40% na comparação com dezembro de 2010. “A economia estável ajuda nas vendas. E as pessoas estão viajando mais e trazendo mais informações sobre vinhos”, diz Nelton Fagundes, sommelier do estabelecimento. A loja conta com mix de 1,2 mil rótulos. As marcas chilenas e argentinas lideram o ranking de vendas. O espumante mais barato da loja é o Callia, argentino, vendido por R$ 20. O mais caro é para pouquíssimos bolsos: o francês Chateau Latour, que sai por R$ 8 mil.

A Casa Rio Verde tem oito unidades na capital. A maioria das lojas (sete) é de rua, o que prejudicou as vendas nas últimas semanas, em função da forte chuva. “Muita gente adiou as compras, mas acreditamos em retomada agora”, avalia Haendel Roberto, superintendente da rede. As vendas de dezembro costumam ser quatro vezes maiores do que um mês normal, segundo ele. Tanto é que a rede opera com seu quadro completo de 75 funcionários e ainda contrata 15 temporários. “O consumidor está mais aberto a gastar”, ressalta Haendel Roberto. O mercado de cestas de Natal, no entanto, se retraiu. “Sentimos que as indústrias pisaram no freio na hora de presentear”, diz. O vinho mais barato vendido na Rio Verde é o chileno Linaje, que custa R$ 18,90, e o mais caro é o francês Château Pétrus, que custa R$ 10 mil.

O empresário Antônio Lúcio Martins foi degustar vinho e aproveitou para comprar algumas garrafas para o Natal e réveillon. No total, ele pretende desembolsar R$ 1,8 mil com bebidas nas comemorações. Ele vai passar o Natal com a família, com a qual estima consumir de seis a oito garrafas de espumantes e oito de vinho. A virada do ano ele vai passar com amigos em um sítio e estima consumir entre 30 e 36 garrafas de espumantes e 15 de vinho. “Muitos produtos que comprei o ano passado estão com o mesmo preço agora”, avalia o empresário. Ao longo do ano Martins também ajuda a engordar os caixas do mercado de vinhos, consumindo, em média, 30 garrafas com a família e os amigos.


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