O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a adoção da tarifa "Ad Rem" para a importação de produtos têxteis é uma salvaguarda ao setor que tem como foco principal a preservação dos empregos nacionais. "O objetivo é salvaguardar os empregos de um setor que é criativo. Se, além disso, tivermos uma arrecadação maior, não vamos reclamar e todo mundo vai sair ganhando", destacou, com bom humor em São Paulo, depois de ter recebido a medalha de honra ao mérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT). O ministro não informou qual seria o aumento de arrecadação com esta decisão.
De acordo com Mantega, o governo enviará uma petição à Organização Mundial do Comércio (OMC) para substituir o regime de tributação sobre os produtos têxteis importados de "Ad valorem" para "Ad Rem", o que deverá ter caráter provisório e poderá ser aplicado em no máximo 3 meses. Ou seja, até março o novo sistema de tributação para esta categoria de importados estaria em vigor. Segundo ele, o governo poderá adotar salvaguardas semelhantes para outros setores produtivos, sobretudo industriais. O ministro, contudo, não quis falar quais seriam esses segmentos.