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Estado de Minas

Sem descanso, garçons, donos de salão e bandas de música ganham mais no fim de ano


postado em 30/12/2011 07:34 / atualizado em 30/12/2011 08:37

Jackson Romanelli/EM/DA Press(foto: Charbel Chelala comemora movimento no salão na última semana de dezembro )
Jackson Romanelli/EM/DA Press (foto: Charbel Chelala comemora movimento no salão na última semana de dezembro )
Fim de ano é hora de descansar, fazer o balanço das atividades realizadas e traçar novas metas e objetivos, certo? Nem sempre. Ao mesmo tempo que muita gente aproveita para descansar e tirar férias, alguns profissionais e empresas usam os últimos dias de dezembro para fazer negócios e ganhar dinheiro. A chance de lucrar no apagar das luzes é maior, já que há escassez de profissionais e o valor desembolsado pelos serviços costuma ser até três vezes maior do que em período normal. Garçons, salões de beleza, bandas de música, buffês e até empresas de mudanças são alguns segmentos que podem engordar o caixa nos últimos dias de dezembro.

O grupo Samba de Empório costuma ter de cinco a sete shows em meses normais. Em dezembro esse número triplica. “É o nosso melhor mês de trabalho, pois há muita festa de fim de ano”, afirma o baterista Daniel Henderson Laktin. O grupo conta com 11 profissionais e tem apresentação marcada até para o réveillon, que vai ser feito na Churrascaria Porcão. Laktin conta que o cachê da virada do ano é gordo: cerca de três vezes maior do que em uma festa de outras datas. “Vamos levar amigos, familiares e namoradas para o show. As férias deixamos para janeiro, que é um mês mais parado”, diz.

O maior movimento do salão Charbel Visage, em Lourdes, também acontece em dezembro. Em meses normais o salão recebe de 60 a 80 pessoas por dia. Em dezembro a clientela salta para 120 a 130 pessoas ao dia. Tanto é que nenhum dos 43 funcionários tira férias neste mês. “As nossas despesas crescem no fim do ano e o aumento no número de clientes ajuda a pagar o 13º salário dos funcionários”, diz Charbel Chelala, cabeleireiro e proprietário do salão. A última semana de dezembro, diz, é a melhor do ano para o salão. “Dia 31 costuma ser muito bom de movimento. Ao fim do dia costumamos reunir amigos e clientes para tomar champanhe e comemorar a virada do ano”, conta Chelala. O preço dos penteados também inflaciona na data. Costumam custar em torno de 20% a mais. “É um dia muito especial, quando todos os salões estão mais caros”, observa Chelala.

No ramo dos garçons, dezembro é o mês de “tirar o pé da lama”, brinca Carlos Fernando da Silva, presidente da Associação dos Garçons e Profissionais Similares de Minas Gerais (Agpsmg). Em meses normais, diz, os profissionais trabalham em seis a 12 eventos. Em dezembro chegam a fazer de 20 a 25. “E o trabalho durante a ceia de Natal e ano novo é mais bem remunerado. Paga-se de duas a três vezes mais”, diz Silva.

Edison Luiz Peixoto trabalha como garçom freelancer há 12 anos. Neste ano ele trabalhou na ceia de Natal e no almoço dia 25 e vai trabalhar na virada do ano. Ele conta que a remuneração ao longo do ano varia em torno de R$ 100 para a carga horária de seis horas. Mas para trabalhar no almoço de 25 de dezembro Peixoto recebeu R$ 300. “E chegaram a me oferecer até R$ 450 pelo almoço, mas já tinha fechado o trabalho”, diz.

Empresas prestadoras de serviço também brindam dezembro. Neste mês a demanda na Moving Brasil, empresa de mudanças, dobra. “Só temos disponibilidade a partir de 4 de janeiro”, afirma Felipe Pedrosa, diretor de operações da empresa. E a última semana do ano também é aquecida, segundo Pedrosa. “Muitos clientes querem virar o ano de casa nova. E as famílias aproveitam as férias das crianças para colocar a casa em ordem”, observa. Quem vai viajar em janeiro, diz, busca também fazer a mudança antes das férias.


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