Os médicos e os farmacêuticos na Grécia iniciaram nesta segunda-feira uma greve para protestar contra as medidas de austeridade previstas pelo governo no setor da saúde, uma paralisação que deve prosseguir até terça-feira.
A maioria das farmácias permanecerá fechada, em um protesto contra uma nova redução de suas margens de lucro, de 18 a 15%, decidida pelo governo para aliviar os cofres da previdência social.
O sindicato da categoria também convocou uma greve em consequência da redução nos gastos com saúde. O governo grego tenta limitar os gastos sociais com um plano de austeridade aprovado sob pressão dos credores, União Europeia e Fundo Monetário Internacional, em troca de ajudas financeiras, depois que o país quase quebrou em 2010.
Durante décadas, a caótica administração das contas públicas provocou o grande desperdício de dinheiro público, como o pagamento de aposentadorias a pessoas mortas. Na semana passada, o governo anunciou que os gastos com saúde passariam de 10,6 bilhões de euros em 2009 a sete bilhões em 2012. Se a medida não for aprovada, o governo ameaça reduzir as pensões em 12%.