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Estado de Minas

Aumento no salário mínimo deve ser revertido para a compra de comida


postado em 03/01/2012 07:09 / atualizado em 03/01/2012 09:57

O ajudante de pedreiro Israel Pereira vai usar aumento para pagar contas(foto: Marcos Vieira/EM/D.A/Press)
O ajudante de pedreiro Israel Pereira vai usar aumento para pagar contas (foto: Marcos Vieira/EM/D.A/Press)
Para 47,6 milhões de brasileiros que recebem um salário mínimo, o ano começa com uma boa notícia: um reajuste de 14,13%. Serão R$ 77 a mais, o que vai elevar a renda desses trabalhadores e aposentados de R$ 545 para R$ 622 — um ganho que possibilitará a compra de mais feijão, arroz, carne e até itens considerados supérfluos. Nos cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), esse incremento injetará R$ 47 bilhões na economia, sobretudo em regiões mais pobres do Norte e Nordeste, onde o funcionalismo municipal recebe esse piso.

O aumento vai aparecer na conta dos trabalhadores a partir de fevereiro e o comércio já começa a fazer cálculos com o incremento. Na visão de especialistas, esse dinheiro a mais será direcionado, em grande parte, para compras, principalmente de alimentos. A quitação de dívidas também deve ser uma das prioridades dos brasileiros, principalmente por tradicionalmente o início do ano carregar o peso de contas adicionais, como impostos, gastos com material escolar e parcelamentos de presentes de Natal.O que você vai fazer com os R$ 77 extras que vão entrar no seu bolso a partir do próximo mês?

“Eu vou usar para comprar mais comida, como arroz, feijão e macarrão. Vou tentar incluir mais carne no cardápio também”, afirma o ajudante de pedreiro José Dias. Ele lembra, no entanto, que apesar de o mínimo subir, os gastos também ficam mais altos. “A passagem de ônibus, por exemplo, está mais cara”. O também ajudante de pedreiro Israel Pinheiro dos Santos quer pagar contas e comprar mais comida, mas sonha em ter troco. “Se sobrar, vou tentar comprar remédio para minha mulher. Ela sofre de diabetes e pressão alta, mas nunca há dinheiro para o remédio”, afirma.

O aposentado Francisco Campos, 62, e a esposa Terezinha Ermínio da Conceição, 61, acreditam que a elevação do mínimo vai deixar a mesa um pouco mais farta em casa. Campos recebe dois salários e a esposa não tem rendimentos. Com a aposentadoria, sustenta seis pessoas. “Gasto mais de um salário mínimo com alimentação, o restante vai para as contas de luz, água e telefone. Sobra pouquíssimo para uma roupa e outras coisas”, explica.


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