O número de desempregados na Alemanha no ano passado foi de 2,976 milhões, o menor nível desde 1991, com 263.000 pessoas sem emprego a menos que em 2010, anunciou nesta terça-feira a Agência para o Emprego.
A taxa de desemprego na Alemanha fechou o ano de 2011 em 7,1% na média, com um retrocesso de 0,6 ponto percentual na comparação com 2010, quando atingiu 7,7%, de acordo com dados publicados pela Agência para o Emprego. O nível de desemprego subiu apenas em dezembro, em 6,6%, mas os dados corrigidos com as variações sazonais deixaram a média anual em 7,1%.
"Além da conjuntura, as reformas estruturais do mercado de trabalho aumentaram claramente as possibilidades para que os desempregados encontrem um trabalho", afirma um comunicado da Agência, para a qual "o desemprego evoluiu nos últimos anos de maneira mais favorável do que teria acontecido há 10 anos, em condições iguais".
O então chanceler social-democrata Gerhard Schroder impôs em 2004 profundas reformas no mercado de trabalho, reduzindo de maneira drástica o seguro-desemprego com o objetivo de estimular as pessoas sem trabalho a tentar retornar ao mercado o mais rápido possível.
Na segunda-feira, o país já havia anunciado que o número de pessoas empregadas no país havia atingido um nível recorde em 2011, superando pela primeira vez a barreira de 41 milhões, para uma população total de 82 milhões de habitantes.
Para 2012, a maioria dos economistas espera uma evolução mais moderada nesse setor. A Felix Eschwege, da Natixis, prevê que o índice de desemprego bruto médio deve cair para 6,7% em 2012. Para Heinrich Bayer, da Postbank, não seria espantoso um novo recuo, de 100.000 pessoas, no número de desempregados no ano que vem.
Apesar dos números positivos, o mercado de trabalho alemão possui vários inconvenientes: está caracterizado por uma notável precariedade e é vulnerável aos problemas de falta de mão de obra, causado pelo acelerado envelhecimento da população.
Com relação à demanda por mão de obra, o número de postos oferecidos chegou ao final de dezembro a 467.000, cerca de 87.000 a mais que no ano anterior. "O grande desafio agora é trazer empregos para os que estão desempregados", disse a ministra do Trabalho, Ursula von der Leyen. Segundo a ministra, uma das dificuldades de reajuste dos desempregados é que um terço deles têm mais de 50 anos e 44% não possui diploma.