Apesar das recentes crises internacionais, as exportações fluminenses de moda mantiveram-se na liderança entre os estados exportadores, nos últimos cinco anos, mostra pesquisa divulgada hoje (9) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
As vendas do setor do estado do Rio para o mercado externo aumentaram 1,2% no período 2007 a 2011, enquanto os líderes do ranking, que são São Paulo e Santa Catarina, apresentaram quedas de 40,6% e 44%, respectivamente. A participação do Rio de Janeiro no total das exportações nacionais do setor elevou-se de 8,78%, em 2007, para 13,46%, em 2012.
“Houve um decréscimo das exportações momentâneo, em 2009, mas passado aquele momento mais turbulento, o que se observa é retomada, enquanto ainda não se pode dizer o mesmo em relação à exportação nacional ou dos principais estados exportadores, que são São Paulo e Santa Catarina”, disse à Agência Brasil o gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) do sistema Firjan, João Paulo Alcântara.
O preço médio da moda fluminense por quilo exportado também evoluiu de forma positiva no período 2007 a 2011. O preço passou de US$ 70,65 por quilo para US$ 92,34.
João Paulo Alcântara analisou que não há clareza em relação ao que vai ocorrer no estado diante do cenário econômico mundial ainda adverso. A continuidade ou não do desempenho positivo para as exportações de moda fluminenses “estão muito atrelados ao comportamento do mercado mundial. Mas, o que nos agrada é observar que ao longo desse período, em que o Brasil e o mundo passaram por distintas situações, o setor da moda do Rio de Janeiro conseguiu se sair muito bem. Essa é uma boa informação”.
Ele acrescentou que isso não diminui, entretanto, a necessidade de haver, no país como um todo, uma política que promova maior competitividade ao produto nacional, em todos os setores. “Aonde se busque um ambiente mais atraente para que as empresas busquem mercado no exterior. Uma coisa não exclui a outra”.
Alcântara admitiu, por outro lado, que o setor da moda fluminense se organizou de tal modo que tem conseguido bons resultados no cenário mundial. “Apesar de problemas de câmbio, apesar de crises, ele tem conseguido manter os seus mercados e abrir novos clientes lá fora”.